Malafaia diz não saber por que viajou com Bolsonaro e que vai à ONU

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Silas Malafaia. Foto: Reprodução

Por Rachel Sabino

Londres – Na tarde da segunda-feira (19/9), horário de Londres, o pastor Silas Malafaia afirmou à imprensa, em frente à casa do embaixador do Brasil no Reino Unido, que vai para a 77ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que ocorre nesta terça-feira (20/9). E ao ser questionado sobre qual seria o seu papel nesta viagem, ele afirmou ser uma questão de praticidade.

“Como é uma viagem só, então, estamos na comitiva. Lá, não terei nenhuma representação”, explicou. “Na minha visão, eu acho que o presidente trouxe um pastor e um
padre por essa questão da religião cristã, sobre morte e vida eterna. É o que eu penso”, opinou, ao se referir ao padre Paulo Antonio de Araújo, companheiro na comitiva de Bolsonaro ao funeral da rainha Elizabeth II em Londres.

Malafaia enfatizou não ter certeza do motivo da presença dos religiosos em Londres, nem ter curiosidade de perguntar ao próprio presidente o motivo. “Qualquer presidente inclui pessoas na sua comitiva, em qualquer lugar do mundo. Ele não vai chamar inimigo para acompanhar viagem, concorda comigo? Quem está no avião são pessoas de relacionamento”, comentou.

Veja partes da fala de Malafaia em frente à residência do embaixador brasileiro em Londres:

Contrapondo a fala de Bolsonaro na manhã da segunda-feira (19/9) à imprensa, o pastor acredita que a viagem do presidente a Londres tem, sim, teor político. “Podia ser Lula, qualquer um. Não tem como tirar isso de um presidente da nação, porque ele é uma figura política. É querer fazer uma dissociação que não existe.”

Mais cedo, também na segunda-feira, ao ser questionado sobre a influência da viagem a Londres às vésperas das eleições, Bolsonaro mostrou irritação: “Você acha que eu vim aqui fazer política?”. Apesar disso, o presidente insistiu em enfatizar questões políticas e econômicas do país diante das indagações dos jornalistas.

O candidato à reeleição mencionou Lula e comparou o país com a Europa. “Mas por que a insistência em querer botar um ladrão na Presidência? Como é que está a Europa perto do Brasil? Existe ameaça de fome aqui? Lá no Brasil subiu, sim, 20% a média dos alimentos, mas já começou a cair”, apontou.

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