Michelle Bolsonaro contrata criminalista de Zambelli e pede acesso a inquérito das joias

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A primeira-dama Michelle Bolsonaro. Foto: Pedro Ladeira-3.mar.22/Folhapress

por Rayssa Motta

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro contratou o criminalista Daniel Bialski para representá-la na investigação das joias.

O advogado foi constituído depois que a Polícia Federal (PF) pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal da ex-primeira-dama.

Em nota, ele informou que pediu acesso aos autos do inquérito para “conhecer quais as suspeitas existentes e que eventualmente mencionam” Michelle.

Biakski é um criminalista estabelecido em São Paulo que, nos últimos anos, se notabilizou na defesa de alvos de processos polêmicos  – como o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (MDB). Antes da ex-primeira-dama, ele representou outros bolsonaristas, como a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.

A PF investiga se presentes diplomáticos, como joias e esculturas, foram desviados do acervo da União e vendidos por auxiliares do ex-presidente. Em relatório parcial do inquérito, os investigadores afirmam que Jair Bolsonaro sabia das negociações e citam mensagens que comprometem Michelle.

Advogado diz em entrevista que Michelle está tranquila sobre joias e que suspeitas são infundadas

Em entrevista à CNN na segunda-feira (14), o advogado Daniel Bialski, que representa Michelle Bolsonaro, afirmou que a ex-primeira-dama nunca cometeu qualquer irregularidade e que está tranquila quanto à investigação sobre joias recebidas pelo governo federal que teriam sido vendidas ilegalmente.

Após operação da Polícia Federal na semana passada, a corporação solicitou a quebra de sigilos bancário e fiscal de Michelle. Ela também deve ser ouvida para esclarecimento dos fatos.

Bialski disse que ainda não teve acesso às investigações, mas que a ex-primeira-dama estará à disposição da Justiça. Ele afirmou ainda que ela teria fornecido dados bancários se isso fosse solicitado, sem necessidade de quebra de sigilo.

O advogado avaliou como “especulação” as interpretações de uma mensagem de um ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL) que teria dito que “já sumiu um, que foi com a dona Michelle”, o que gerou suspeita de que estaria se referindo a um kit de joias.

Ele pontuou que o “nome da [ex] primeira-dama pode ter sido mencionado por diversas hipóteses e explicações”, adicionando que o requerimento da PF é “absolutamente subjetivo” e que as supostas acusações são infundadas.

“Michelle está absolutamente tranquila a respeito de todos os seus atos. Nunca cometeu qualquer tipo de irregularidade, nunca cometeu qualquer tipo de desvio em todas as funções que ela desempenhou antes, durante o mandato do presidente Bolsonaro ou posteriormente”, comentou.

Por fim, Bialski informou que, se a Polícia Federal intimar Michelle Bolsonaro para depoimento antes de a defesa ter conhecimento do processo, será feita uma petição para que a oitiva seja adiada.

Veja a íntegra da entrevista no vídeo abaixo:

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