Ministro russo ataca os EUA e a União Europeia em discurso na ONU

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Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov. Foto: EFE/EPA/CHRISTIAN BRUNA

Por Galtiery Rodrigues

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, atacou os Estados Unidos e a União Europeia (UE) em discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, no sábado (24/9). Ele disse que o Ocidente mente sobre a situação na Ucrânia.

O representante russo começou a fala de 23 minutos destacando o drama do momento. Para ele, as “mentiras” do Ocidente estão dificultando o diálogo e a confiança nas instituições e no Direito internacional. O ministro disse, ainda, que essa postura dos EUA e da UE é um reflexo do medo de perderem a hegemonia.

“Disseram que ganharam a Guerra Fria e se autodenominaram os enviados de Deus à Terra, como se não tivessem obrigações, só o direito sagrado de atuar com total impunidade contra qualquer Estado”, disse Lavrov.

O ministro lembrou, ainda, de criticar a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em direção à Ásia e reforçou a acusação contra a Ucrânia de apoiar grupos neonazistas.

Momento russo

Os russos vivem momento delicado após o anúncio de novas decisões do governo. Na quarta-feira (21/9), o presidente Vladimir Putin informou a convocação de cerca de 300 mil reservistas para lutarem na guerra.

A medida foi anunciada como resposta de endurecimento ao avanço das tropas ucranianas em territórios do leste, antes ocupados pelas tropas russas.

Além de manifestações em várias partes do país, a nova postura de Putin aumentou a procura de voos e a quantidade de pessoas tentando deixar o país, especialmente pela fronteira com a Geórgia.

Prisão de 10 anos para soldado que se recusar a lutar

A Rússia anunciou, no sábado (24/9), regras mais rígidas para soldados que se recusarem a lutar na guerra com a Ucrânia. A nova lei assinada por Putin prevê prisão de até 10 anos para reservistas que se recusem a lutar, desertem, desobedeçam ou se rendam ao inimigo, segundo a agência de notícias AFP.

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