MPF: denúncias dos últimos 30 anos não corroboram relato de Damares

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Damares Alves. Foto: Regis Velasquez/Especial Metrópoles

Por Mariah Aquino

O Ministério Público Federal no Pará (MPF-PA) informou, na quinta-feira (13/10), que as denúncias recebidas pelo órgão sobre tráfico de crianças na Ilha do Marajó (PA) nos últimos 30 anos não incluem os detalhes mencionados pela senadora eleita pelo Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos).

A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos discursou, nesse sábado (8/10), na Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia (GO). Contou que, “abrindo as gavetas do ministério” que chefiava, descobriu casos de abuso sexual e tráfico de crianças na Ilha do Marajó e deu detalhes chocantes.

Damares foi explícita sobre as violências sofridas pelas crianças, que teriam “os dentes arrancados para elas não morderem na hora do sexo oral”. “Fomos para a Ilha do Marajó e, lá, descobrimos que nossas crianças estavam sendo traficadas por lá. Nós descobrimos que essas crianças comem comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal”, afirmou.

Relatos semelhantes, porém, nunca chegaram ao conhecimento do MPF-PA. A instituição esclareceu ter trabalhado, entre 2006 e 2015, em três inquéritos civis e um inquérito policial instaurados a partir de denúncias sobre o tema. “Nenhuma das denúncias mencionou nada semelhante às torturas citadas”, esclareceu a nota.

O Ministério Público do Estado do Pará e a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão também solicitaram mais informações sobre os supostos casos relatados pela ex-ministra, mas ainda não receberam retorno da secretária-executiva da pasta, Tatiana Barbosa de Alvarenga.

Veja a íntegra da nota:

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