“Não vão nos iludir com cartinha escrita por Bolsonaro e Temer”, diz Boulos em SP
Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto discursou para manifestantes que foram à Avenida Paulista protestar contra o presidente
Candidato à Presidência da República pelo PSol em 2018, Guilherme Boulos participou do protesto contra Jair Bolsonaro (sem partido), neste sábado (2/10), na Avenida Paulista, em São Paulo. O político defendeu o impeachment e parabenizou o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, organização da qual é coordenador, por manifestação em frente à mansão do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
“Não podemos recuar depois do dia de hoje, nós temos que avançar. Eles não vão recuar, não vamos nos iludir com cartinha escrita por Jair Bolsonaro e Michel Temer. Eles não vão recuar e por isso a gente tem que seguir avançando. Não sair das ruas até ter o impeachment de Bolsonaro”, disse Boulos mencionando o comunicado divulgado pelo presidente da República após as manifestações de 7 de setembro.
Veja fotos da manifestação na Avenida Paulista:
Boulos também defendeu que Bolsonaro seja julgado pela Justiça. “E mais do que isso, que depois do impeachment, ele vá para o banco dos réus para responder pelos seus crimes”, afirmou o político no principal carro de som do ato deste sábado (2/10) na capital paulista.
“O Brasil não aguenta esperar até o fim de 2022. O Brasil não aguenta mais 500 dias de genocídio, de fome, de Bolsonaro”, disse o político do PSol defendendo o impeachment de Bolsonaro.
Ele mencionou os problemas econômicos e sociais que o país enfrenta. “O Brasil real é o que está na fila do osso. É o que não consegue pagar R$ 120 no botijão de gás. O Brasil real está sofrendo com o genocídio, com o desemprego e com a fome”, afirmou o líder do MTST.
Oposição
No início do discurso, Guilherme Boulos mencionou os diversos partidos políticos que participaram do protesto contra Bolsonaro. “As diferenças que nós temos hoje são menores que a nossa união para tirar o genocida”, ressaltou.
Além das lideranças que discursaram, manifestantes usaram camisetas e levaram bandeiras de partidos de oposição como PSTU, PSB, PT e PSol para a Avenida Paulista. Ciro Gomes, que participou de ato no Rio pela manhã, estava presente no ato. Mas não discursou.
Em alguns momentos, os manifestantes gritavam “Lula presidente” e entoavam músicas de apoio ao petista. Os organizadores que estavam no principal carro de som do ato contra Bolsonaro tentavam impedir pedindo que o movimento fosse unificado pedindo Fora Bolsonaro. Do carro de som, as pessoas também acenavam com as mãos para baixo quando manifestantes se empolgavam a favor de Lula.
Manifestação em mansão de Flávio Bolsonaro
Boulos também aproveitou o ato na Avenida Paulista para se dirigir aos ativistas do MTST, movimento do qual é coordenador. O político do PSol parabenizou a manifestação realizada nesta semana em frente à mansão de Flávio Bolsonaro.
“Por isso eu vim aqui cumprimentar os guerreiros e guerreiras do MST que na última semana ocuparam a frente da mansão de R$ 6 milhões”, disse Boulos.