‘Ouro de Hitler’: caçadora diz estar perto de achar tesouro nazista perdido na Alemanha; entenda

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Montagem com Hitler ao lado de Cornelia Ostler — Foto: Reprodução

Nos dias finais do Terceiro Reich, a Alemanha vivia um colapso acelerado, mas o ouro saqueado pelo regime nazista precisava sobreviver. Ainda que derrotados, os nazistas tentaram salvar seu último símbolo de poder: toneladas em barras e moedas, enviadas às pressas para as montanhas da Baviera, na Alemanha, para fugir das mãos dos Aliados.

Avaliado hoje em bilhões de dólares, o tesouro incluía barras de ouro, moedas e altas quantias em diferentes moedas estrangeiras. Parte dele teria sido enterrada perto do Walchensee, um lago alpino, onde só fragmentos vieram a público depois da guerra. A história é reconstruída no livro Nazi Gold, dos historiadores Ian Sayer e Douglas Botting.

Uma operação secreta nas montanhas

Em abril de 1945, mais de 93% do ouro do Reich já havia sido apreendido pelos Aliados na mina de Merkers, na Turíngia. Com Berlim sob cerco total, Adolf Hitler autorizou que o restante fosse contrabandeado rumo ao sul. Caminhões e trens cruzaram a Alemanha em ruínas até Munique — onde, segundo Sayer, os oficiais “não tinham mais contato com ninguém” e já não sabiam que ordens seguir.

O carregamento acabou levado a um centro de treinamento em Mittenwald, próximo da Áustria, e depois transferido para Einsiedl, às margens do Walchensee. Lá, treze toneladas de ouro e valores teriam sido empilhadas em um campo militar que hoje funciona como alojamento juvenil, à espera de novos comandos.

Na noite de 26 de abril, o tesouro foi dividido em lotes e escondido na região montanhosa de Steinriegl. Dias depois, em meio ao pânico, os locais dos buracos foram alterados, tornando o mapa da riqueza ainda mais enigmático. Tropas americanas recuperaram apenas parte do saque — e os registros nunca bateram sobre o total original.

O próprio Sayer admite que quantias significativas “escaparam pelos dedos dos Aliados”. Ele menciona rumores de milhões de dólares contrabandeados para a Suíça, além de relatos de moradores de Garmisch-Partenkirchen que, após a guerra, passaram a desfilar com carros Porsche e BMW novos, sem explicação aparente.

A alemã Cornelia Ostler, 40 anos, acredita que o restante continua enterrado na Baviera. “A história é cheia de lacunas, e é isso que estou tentando explorar”, disse ao The Sun. A busca, segundo ela, começou com seu pai, Reinhold Ostler, também caçador de tesouros: “Quando estou procurando, me sinto muito próxima dele”. Uma pista recente é um distintivo nazista datado de 1934 encontrado na região.

O historiador, que chegou a recuperar duas barras desaparecidas na década de 1990, considera plausível que esconderijos permaneçam intactos. “Se alguém morre, é preso ou simplesmente esquece o local, o ouro continua ali”, afirmou. Cornelia aposta que está mais perto do que qualquer um imagina.

Inventário estimado do tesouro de Hitler

(Conforme descrito em Nazi Gold)

  • 364 sacos de ouro, com duas barras em cada (728 barras)
  • 4 caixas adicionais contendo barras de ouro
  • 25 caixas de barras de ouro, cada uma com 50 kg (4 barras por caixa)
  • 2 sacos de moedas de ouro
  • 6 caixas possivelmente com moedas dinamarquesas
  • 11 caixas com conteúdo supostamente em ouro, pesando 150 kg
  • 20 caixas herméticas, acreditadas com moedas de ouro
  • 89 sacos de moeda estrangeira, incluindo:
  • — 2.430.000 dólares americanos
  • — 230.500 libras esterlinas
  • — 2.000.000 de francos franceses
  • — 500.000 francos suíços
  • — 1.000.000 de florins holandeses
  • — 2.340.000 coroas norueguesas
  • — 45.000 coroas suecas
  • — 1.000.000 de liras italianas
  • — 69.000 escudos portugueses
  • — 40.000 libras egípcias
  • — 226.650 libras turcas
  • — 1.700 libras palestinas

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