Influência da ditadura na carreira de Pelé
O documentário da Netflix, intitulado como Pelé, mostra relação do Rei com o golpe militar. Após Edson Arantes sair machucado no início da Copa do Mundo de 1966, ele chegou a falar que não voltaria a vestir a camisa da Seleção Brasileira.
De acordo com o longa-metragem, o regime militar precisava de uma conquista mundial para consolidar a imagem de um país bem-sucedido, ainda que à base de mortes, torturas e cassação dos direitos civis. No Mundial de 1970, no México, veio a pressão.
O treinador da Seleção João Saldanha, que era comunista, chegou a confrontar o presidente Emílio Garrastazu Médici: “Eu não escolho os ministros dele, e ele não escala a minha seleção”. Após o episódio, foi demitido e Zagallo assumiu com uma comissão técnica formada por militares.
“A gente sabia de muitas coisas que aconteciam no país. Outras, não. Nunca fui forçado a nada”, comentou Pelé sobre a ditadura militar no documentário. De acordo com Edson Arantes, ele voltou para a Seleção como uma realização pessoal, e não por pressão do regime militar.
Rejeição à filha
Talvez a maior polêmica da carreira de Pelé. Durante a década de 1990, a ex-vereadora Sandra Nascimento entrou na Justiça para ser reconhecida como filha do ex-jogador. Em 1996, o processo chegou ao fim e a paternidade acabou sendo confirmada.
A filha faleceu em 2006, aos 42 anos, por câncer de mama. Até hoje, Pelé é fortemente criticado por não ter ido visitar Sandra mesmo após pedidos feitos no leito de morte.
Outras polêmicas
Em 2002, Pelé entrou em polêmica após elogiar o goleiro Marcos pela Copa do Mundo. “É incrível poder elogiar um goleiro do Brasil pela primeira vez na história”, disse.
Já em 2005, Pelé e Romário se envolveram em uma confusão. O tricampeão do Mundo disse: “Igual a Pelé não tem nem vai ter. Minha mãe me fez e fechou a fábrica.” Romário respondeu com a famosa frase: “O Pelé calado é um poeta. Como jogador, foi o nosso Rei, nosso deus, mas tinha que colocar um sapato na boca.”
