O senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, já havia afirmado em novembro que o presidente eleito pretendia revogar atos de Bolsonaro sobre a posse e o porte de armas de fogo.
Ele disse, na ocasião, que o objetivo seria fazer valer o que estava previsto no Estatuto do Desarmamento, de 2003.
“Nós temos uma lei vigente, o Estatuto do Desarmamento, que foi objeto de desmonte por atos infralegais, abaixo da lei. Isso, sem dúvida, é um tema fundamental do grupo de trabalho. É um tema que o presidente Lula escolheu e foi aprovado pela sociedade brasileira”, comentou à época.
Além das armas, o GT de Lula também propõe a revisão dos atos do governo de Jair Bolsonaro que impuseram sigilo “indevido”, de 100 anos, a documentos de acesso público.
Aumento de 187%
A pesquisa dos institutos Sou da Paz e Igarapé indica que durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), entre 2019 e 2022, o aumento de armas nas mãos dos CACs foi de 187%, em relação a 2018. Até julho deste ano, o país registrava 1.006.725 unidades, contra 350.683 em 2018.
O maior número de armas de fogo registradas pela categoria foi identificado no estado de São Paulo, com 279,5 mil unidades, contra 118,9 mil em 2017, de acordo com os dados da 2ª Região Militar do Exército.