Um dos fundadores do PT será advogado do padre Lancellotti

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O padre Júlio Lancelotti em sua paróquia, na Igreja de São Miguel Arcanjo, no bairro da Mooca. Foto de janeiro de 2020 — Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo/Arquivo

O padre Julio Lancellotti, que pode ser investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de São Paulo sobre as ONGs que atuam na Cracolândia, terá como advogado o ex-deputado federal e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Eduardo Greenhalgh.

O profissional do Direito já conversou com a imprensa sobre a CPI e disse que seu cliente está tranquilo diante das acusações feitas contra ele. Greenhalgh também aproveitou para criticar o autor do pedido de CPI, vereador Rubinho Nunes (União Brasil), dizendo que ele quer destaque visando as eleições municipais deste ano.

– É um vereador que ninguém sabe quais projetos fizeram. É ano eleitoral, as nulidades precisam subir nas costas de pessoas reconhecidas, criar casos, estabelecer fatos políticos para ver se saírem do anonimato – disse o advogado do padre para a Folha de São Paulo.

Rubinho Nunes acusa as ONGs que atuam no Centro da capital paulista de estarem envolvidas no que ele chama de “máfia da miséria”, explorando os dependentes químicos que moram nas ruas da região conhecida como Cracolândia.

O vereador diz que as entidades recebem dinheiro público para levar alimentos e kits de higiene para as pessoas em situação de rua, mas que essas ações criam “um ciclo vicioso”, impedindo que o usuário abandone o vício.

A assessoria do padre já emitiu uma nota dizendo que a Pastoral de Rua não é uma ONG que recebe dinheiro público, mas sim um projeto social da Arquidiocese de São Paulo.

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