Voo suborbital: entenda o tipo de viagens espaciais empreendidas pelos bilionários Bezos e Branson

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Jeff Bezos foi ao espaço a bordo de uma cápsula e foguete. O voo foi o primeiro suborbital sem piloto e tripulado. Uma semana antes, Richard Branson se tornou o primeiro civil a viajar para o espaço….

Pouco mais de uma semana após o bilionário Richard Branson se tornar o primeiro civil a viajar ao espaço em um voo suborbital, dessa vez foi a vez de Jeff Bezos, fundador da Amazon, a bordo de uma cápsula desenvolvida pela sua empresa de astroturismo, a Blue Origin.

Este foi foi o primeiro voo civil sem piloto ao espaço. A decolagem ocorreu às 10h12 (horário de Brasília), e o pouso, às 10h22. Além de Bezos, fizeram parte da viagem o irmão do bilionário, uma piloto de 82 anos – a pessoa mais velha a ir ao espaço –, e um holandês de 18 anos – o mais jovem a ir ao espaço e a primeira pessoa que pagou por isso.

Mas o que significa o termo suborbital? Cassio Barbosa, astrofísico do Centro Universitário FEI, explica que a diferença entre suborbital e orbital está, de maneira resumida, na trajetória empreendida por uma espaçonave, embora ambos sejam considerados voos espaciais.

“Enquanto no voo orbital a nave consegue circular a Terra, ou seja, partir e retornar à atmosfera a partir de um mesmo ponto, o voo suborbital não tem velocidade para completar essa trajetória, então a nave sobe até um ponto máximo e depois cai em queda livre de volta à Terra”, explica Barbosa.

No voo suborbital, a trajetória realizada é uma curva. É algo parecido com o que acontece em um jogo de basquete, por exemplo, em que o jogador arremessa a bola em direção à cesta em um ângulo igual ou próximo a 45º, fazendo com que a bola consiga passar pelo aro, mas sem uma velocidade horizontal para ultrapassá-lo.

“Por isso, quando chegou a uma altitude de mais de 80 km, a nave da Galactic Virgin desligou os motores e teve alguns minutos de queda livre, voltando para a Terra graças à força da gravidade”, explica o astrofísico.

Já no voo orbital, a velocidade de lançamento é tão elevada que a nave consegue realizar uma trajetória circular em volta da Terra. E uma vez no espaço, em vez de cair de volta ao solo, como no voo suborbital, a nave “cai” continuamente ao redor da Terra. Essa queda contínua é o que significa estar em órbita – e é como os satélites e a Lua ficam acima do nosso planeta.

“O voo orbital é semelhante ao disparo de um míssil. É o que chamamos de lançamento balístico. Após o lançamento, a nave, que na verdade é uma cápsula, atinge o espaço rapidamente e se mantém em movimento”, compara Barbosa.

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