Procura-se um marqueteiro para ajudar a eleger Moro presidente

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Sergio Moro. © Dida Sampaio/Estadão

Por Ricardo Noblat

Mais em cima da hora sempre será possível, mas por enquanto não está fácil encontrar um especialista em marketing político que queira trabalhar para o ex-juiz Sérgio Moro na sua campanha à sucessão do presidente Jair Bolsonaro na eleição do ano que vem.

Assessores de Lula dizem que a campanha dele dispensará marqueteiro. Conversa! Já tem um escolhido. É baiano e fez as campanhas de Jaques Wagner, que se elegeu duas vezes governador, uma vez senador, e de novo é candidato ao governo.

Ciro Gomes (PDT) também tem o seu – João Santana, baiano, que trabalhou para Lula e Dilma, e fora do Brasil em diversos países. João Doria (PSDB) tem o dele que o acompanha desde as campanhas para prefeito de São Paulo e depois governador.

Marqueteiro de respeito, com um bom portfólio de vitórias, não quer negócio com Moro. A categoria acha que foi criminalizada por ele à época da Operação Lava Jato. Tem horror ao ex-juiz, como a ele os políticos em geral têm horror e pelo mesmo motivo.

Bolsonaro enfrenta a mesma dificuldade de Moro, mas por outra razão. Marqueteiro político do primeiro time não se interessa por candidato com pinta de derrotado de véspera. A não ser que seja muito bem pago para justificar mais tarde por que perdeu.

Carlos Bolsonaro, o Zero Dois, acha que dará conta do recado com o auxílio discreto de Steve Bannon, ex-estrategista-chefe da campanha em que Donald Trump se elegeu presidente dos Estados Unidos. Bannon foi preso outro dia, mas está solto.

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