Acusado de crimes sexuais, ex-CEO da Abercrombie alega demência à Justiça para escapar de processos

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Mike Jeffries, ex-CEO da Abercrombie & Fitch, é acusado de tráfico sexual e prostituição - Mike Munden/via REUTERS

Os advogados de defesa de Michael Jeffries, ex-presidente da gigante da moda Abercrombie & Fitch, alegam que ele pode ter demência e que é necessário fazer uma perícia judicial para determinar se o empresário está mentalmente apto para enfrentar as acusações de tráfico sexual.

Em documentos protocolados em Nova York nesta semana, os advogados afirmam que um neuropsicólogo examinou Michael Jeffries em outubro e concluiu que ele provavelmente tem distúrbios comportamentais, doença de Alzheimer e demência do tipo Lewy (doença neurodegenerativa que causa perda progressiva de funções mentais).

Ainda de acordo com os documentos, o neuropsicólogo também teria concluído que Jeffries sofre com problemas de memória, diminuição da atenção, processamento lento e confusão.

Em uma carta conjunta enviada ao juiz do caso, a defesa e os procuradores responsáveis pela acusação sugeriram que os peritos que avaliaram o executivo prestem depoimento em junho, para que uma decisão sobre sua aptidão mental pudesse ser emitida.

O ex-presidente da Abercrombie foi preso em outubro e deixou a cadeia após pagar uma fiança de US$ 10 milhões. Ele responde às acusações em liberdade.

O parceiro dele, Matthew Smith, e o suposto intermediário do casal, também foram presos.

As alegações contra Mike Jeffries e seu parceiro foram reveladas por uma investigação da BBC, que descobriu que havia uma operação sofisticada envolvendo um intermediário e uma rede de recrutadores encarregados de recrutar homens para eventos realizados por eles em suas residências em Nova York e em hotéis ao redor do mundo.

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