Bebês transferidos da maternidade do Isea, em Campina Grande, se recuperam em outros hospitais

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Instituto de Saúde Elpídio de Almeida, de Campina Grande — Foto: Codecom

De todos os bebês que foram transferidos para outras unidades hospitalares por conta de apagão na maternidade do Instituto de Saúde Elpídio Almeida (Isea), no último sábado (21), quatro estão em estado grave e se encontram entubados no Hospital Clipsi, também em Campina Grande, de acordo com a administradora Alcione Silva.

Outros quatro recém nascidos estão internados no Hospital da FAP. De acordo com o pediatra da UTI Neonatal, André Luiz, o estado de saúde deles também é grave, mas estável. Outros dois bebês se encontram no Hospital Geral de Queimadas com estado de saúde considerado estável.

“Eles estavam em processo de terapia intensiva, são complexos e dentro de sua gravidade precisavam de continuar o processo de acolhimento clínico. Eles foram transportados pelo Samu sem intercorrências, continuam estáveis dentro do seu quadro clínico grave, seja prematuridade, cardiopatia ou infecções”, disse André Luiz.

Segundo a administradora da Clipsi, os quatro bebês estão entubados e já chegaram ao hospital em estado grave. Alcione Silva disse também que o local está com a capacidade máxima de ocupação dos leitos para crianças.

Já o diretor da FAP, Derlópidas Neves, disse que o hospital tem condições de, em caso de necessidade, receber mais crianças, mas não substituir totalmente o Isea.

“Temos condições de substituir em parte, porque também não temos uma grande quantidade de leitos disponíveis para assumir o Isea. Mas estaremos sempre diante dessa parceria podendo receber os pacientes”, ressaltou.

Apagão no Isea

De acordo com a Secretaria de Saúde de Campina Grande, a interrupção no abastecimento de energia no Isea foi ocasionada por um curto-circuito em um cabo subterrâneo que liga os sistemas. Os reparos foram realizados por trabalhadores da concessionária de energia ao longo do sábado (21), e um gerador extra foi ligado por outra rede de distribuição.

A Secretaria de Saúde afirmou no domingo (22) que a energia na maternidade do Isea foi restabelecida ainda na noite do incidente, mas na manhã da segunda-feira (23) várias mães relataram à equipe da TV Paraíba que não estavam tendo acesso ao atendimento clínico no local.

Representantes do Ministério Público da Paraíba foram até o Isea vistoriar o espaço. Estiveram no local a promotora da saúde de Campina Grande, Adriana Amorim, o promotor da Criança e do Adolescente de Campina Grande, Leonardo Clementino Pinto, além de representantes da Secretaria de Obras e Secretaria de Saúde do município, e direção do Isea.

Segundo a promotora, a energia foi restabelecida na UTI Neonatal, na UTI Semi-intensiva e no Berçário Intermediário. Durante a visita, o fornecimento de energia elétrica também foi normalizado na UTI Materna e nas alas de alto risco. Somente na segunda-feira (23) as gestantes que haviam sido transferidas para o Hospital Municipal Dr. Edgley voltaram ao Isea.

Além da necessidade de transferência de bebês e gestantes, a interrupção do abastecimento de energia no local também provocou preocupação a respeito do leite armazenado no Banco de Leite do Isea. O insumo foi levado para a Sala de Vacinação da Secretaria de Saúde de Campina Grande e não teve a qualidade danificada.

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