Campos Neto será presidente do Conselho Consultivo das Américas do BIS

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Por Fábio Matos

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, será o novo comandante do Conselho Consultivo das Américas (CCA) do Banco de Compensações Internacionais (Bank for International Settlements, o BIS).

O mandato de Campos Neto no órgão terá início em janeiro de 2023 e duração de dois anos. Ele sucederá John Williams, presidente do Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos) de Nova York. A escolha de Campos Neto foi feita pelo Conselho de Diretores do BIS.

Criado em 2008, o CCA tem como membros os presidentes dos Bancos Centrais dos países das Américas que compõem a instituição: Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, México e Peru.

Entre as missões do BIS, estão promover discussões e facilitar a cooperação entre os Bancos Centrais e realizar pesquisas sobre políticas de interesse do grupo.

Campos Neto no BC

Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o BC em 2019, Campos Neto ficará na presidência do banco pelo menos até 2024 – ao final do atual mandato, ele pode ser reconduzido.

Apesar de Campos Neto ter sido nomeado por Bolsonaro, emissários de Lula e o próprio presidente eleito têm feito acenos positivos ao chefe do BC.

Em setembro, o próprio Lula teceu elogios públicos a Campos Neto, a quem classificou como “economista competente” e “pessoa razoável para conversar”.

“Eu não me metia na política do [Henrique] Meirelles, mas vamos conversar com o presidente do Banco Central”, afirmou Lula, recordando seus dois primeiros mandatos. “O Banco Central tem como finalidade fazer com que a inflação seja controlada, e o único mecanismo que tem para isso é aumentar a taxa de juros. É preciso criar outro mecanismo”, completou.

Reconhecimento internacional

Em 2021, Campos Neto foi escolhido pela revista The Banker, especializada em finanças, como o melhor presidente entre os principais Bancos Centrais do mundo. Ele foi laureado em duas categorias: Global e Américas. Foi a segunda vez que um brasileiro conquistou o prêmio – a primeira havia sido em 2018, com Ilan Goldfajn.

No dia 15 de novembro, o presidente do BC foi um dos participantes da Brazil Conference, seminário promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) em Nova York. Ele afirmou que o país precisa seguir o caminho da responsabilidade fiscal e avançar na agenda de reformas.

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