Confira quais são os sinais dos principais transtornos alimentares

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Por Raphael Costa

A insatisfação com o corpo se transforma em algo extremamente preocupante quando afeta a saúde física e mental. E isso, infelizmente, é bastante comum. Um em cada dez jovens brasileiros desenvolve transtornos alimentares, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Na população em geral, o índice alcança cerca de 5%.

Os transtornos alimentares são síndromes psiquiátricas caracterizadas por alterações no comportamento alimentar, preocupação excessiva com o peso e insatisfação com a imagem corporal. Mesmo tendo uma base comum, relacionada à insegurança e baixa autoestima, cada transtorno alimentar possui características próprias.

“Embora ainda sejam tratados como tabu, os transtornos alimentares não são incomuns. Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, eles podem causar enorme impacto na qualidade de vida dos portadores, resultando em problemas físicos e emocionais”, afirma a nutricionista Daniela Cotrim, coordenadora do curso de Nutrição da Universidade Braz Cubas.

A nutricionista ressalta a importância das pessoas estarem informadas sobre o assunto, seja para analisarem os próprios comportamentos, seja para perceberem quando alguém próximo apresenta transtornos alimentares. “Familiares e amigos precisam estar atentos aos sinais. Quanto antes o distúrbio é identificado, melhores são as chances de recuperação”, afirma Daniela.

Culto ao corpo

O culto ao corpo ou vigorexia consiste em uma preocupação exacerbada com o físico, buscando aproximar o corpo aos padrões de beleza exibidos pela mídia. O culto ao corpo ou vigorexia envolve a prática de atividades físicas, a adesão a dietas e a realização de cirurgias plásticas.

Sinais: cansaço, insônia, dores musculares, queda no desempenho sexual, depressão e desinteresse por atividades que não estejam relacionadas à prática de exercícios físicos.

Anorexia Nervosa

A característica central da anorexia é a perda voluntária de peso, motivada pela vontade de emagrecer ou medo de negordar. Entre os comportamentos característicos do quadro, estão a diminuição na quantidade de comida ingerida, o consumo de redutores de apetite e a prática excessiva de exercícios físicos. Alguns pacientes usam laxantes e/ou provocam vômitos logo após ingerirem comida.

Sinais: a pessoa possui uma distorção da imagem corporal, considerando que é bem mais gorda do que aparente. Também é comum que o paciente desenvolva gastrite e anemia por conta da dificuldade que tem para se alimentar. Em casos mais graves, a paciente deixa de menstruar por conta do desequilíbrio hormonal.

Bulimia

Os pacientes costumam exagerar na quantidade de comida em uma das refeições e, pouco tempo depois, buscam maneiras de amenizar seus excessos. Para isso acabam induzindo vômitos, tomando laxantes e praticando muitos exercícios físicos. Quem tem bulimia acaba sentindo vergonha de seus comportamentos e tenta escondê-los dos demais.

Sinais: dores de garganta, problemas nas glândulas salivares, erosão dos esmalte dos dentes e irritação intestinal são comuns para pacientes qu enfrentam o quadro.

Transtorno de compulsão alimentar

Nesses quadros, a pessoa come em quantidades exageradas e só para quando começa a sentir desconfortos. Diferente da bulimia, os pacientes não tentam compensar o comer compulsivo com métodos para se livrarem dos alimentos.

Sinais: Sentir-se nauseado, deprimido ou culpado depois de comer excessivamente. Comer bem mais rápido que o normal.

Tratamentos:

Para reverter estes diagnósticos, o paciente precisará de acompanhamento médico e psicológico. Daniela Cotrim explica que cada caso demanda um tratamento específico.

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