Discussão do voto impresso vai a plenário após comissão ser extinta

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Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), defendeu a urna eletrônica e insinuou que o Senado pode não chancelar o voto impresso, caso a Câmara aprove a mudança legal. A declaração foi feita em entrevista à GloboNews.

Após o pronunciamento do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que anunciou que levará a discussão do voto impresso (PEC 135/19) para ser avaliado pelo plenário na próxima semana, a comissão especial que debate o tema foi extinta. Ontem, o colegiado reprovou o relatório de Felipe Barros (PSL-PR), que se posicionava a favor do voto em papel.

“Vamos levar, sim, a questão do voto impresso a plenário, onde todos os parlamentares eleitos democraticamente pela urna eletrônica vão decidir. E eu friso: eleitos todos pela urna eletrônica”, disse Lira a jornalistas antes do fim da comissão.

Antes do encerramento da comissão especial, o colegiado votou o parecer alternativo do deputado Raul Henry (MPB-PE), contra o projeto do voto impresso. Foram 22 votos a favor do novo relatório contra 11 votos a favor da PEC.

A matéria do voto impresso é empenhada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que tem elevado o conflito com o Judiciário e com os ministros que integram o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Momentos antes da derrota governista ontem, porém, a redação do texto original foi alterada passando a prever o fim do mecanismo eletrônico de votação. Antes o projeto anexava uma impressora ao modelo já existente.

Ao falar no encerramento da comissão especial hoje, a deputada Bia Kicis (PSL-DF), autora do projeto, defendeu o voto impresso por ser “auditável”, mas desconsidera que o atual modelo já permite a auditoria do processo eleitoral.

“Temos uma nova chance, uma oportunidade de aprovarmos essa PEC no plenário. É por isso que faço esse apelo na redação original para que o eleitor possa conferir o seu voto e esses votos sejam auditáveis sim”, afirmou.

Ontem, durante a votação em plenário da privatização dos Correios, o deputado Ivan Valente (Psol-RJ), chamou o presidente Bolsonaro de “genocida” e “corrupto”.

“Esse voto impresso é o último recurso dos covardes. É o álibi para o golpe de estado e isso precisa ser desmascarado. Nós não vamos tolerar mais isso. É preciso dizer que estamos com um governo genocida, corrupto e miliciano”, disse.

Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), defendeu a urna eletrônica e insinuou que o Senado pode não chancelar o voto impresso, caso a Câmara aprove a mudança legal. A declaração foi feita em entrevista à GloboNews.

“Afirmo, em nome do Senado Federal, a minha mais absoluta confiança no sistema eleitoral brasileiro, sobre o qual há questionamentos e críticas, mas não há nenhum fundamento concreto de nenhuma vulnerabilidade ou de alguma prática de fraude”, afirmou.

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