O empresário Mário Gazin, fundador da rede de lojas de varejo Gazin, aparece em vídeo oferecendo transporte de graça para quem for protestar a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em manifestações previstas para o dia 7 de Setembro, tidas por críticos como antidemocráticas. O ônibus sairia de Douradina (PR), sede da empresa, para Brasília.

No vídeo, que circula pelas redes sociais, Gazin justifica a iniciativa dizendo que é “preciso lutar e defender o governo”, porque não se sabe “o que será do futuro”.

“Oi, pessoal. Eu sou Mário Gazin. Estou convidando a todos vocês para quem quiser ir a Brasília, agora no dia 5 [de setembro]. Vai sair um ônibus daqui de Douradina, ao meio-dia em ponto, de frente à Gazin. Vai sair no dia 5, chega lá no dia 6. Vai ficar no dia 6 e 7. Dia 7 à noite volta para trás. Ninguém paga passagem. Ninguém paga nada. Esse é o trabalho que nós temos para defender o Brasil. O Brasil de hoje… quem não pensar no Brasil de hoje, está errado, porque não saberá o que vai ser do futuro de amanhã. Vamos lutar. Vamos salvar o governo”, diz ele, no vídeo.

vídeo abaixo

Gazin é apoiador ferrenho do presidente Bolsonaro desde as eleições de 2018, quando apareceu pela primeira vez em vídeo ao lado de Luciano Hang, dono das redes Havan, defendo o então candidato abertamente e falando sobre os gastos da campanha. Gazin e Hang atuaram como conselheiros empresariais de Bolsonaro

“Primeiro turno, Bolsonaro. Pra não ter escolha, pra nós não ter que gastar mais dinheiro, pra não ficar todo mundo gastando com o segundo turno. Então é no primeiro. Quem está indeciso é lá. É lá que tem que ser, porque acabou. Nós gasta menos dinheiro [sic]”, afirmou Gazin, na ocasião.

O presidente Jair Bolsonaro confirmou na última sexta-feira que irá participar e discursar nos atos organizados para o dia 7 de setembro em Brasília e em São Paulo, ao mesmo tempo que afirmou que não será uma “palavra de ameaça”.

“Dia 7, neste horário, vamos hasteá-la (a bandeira do Brasil) aqui numa cerimônia militar, às 8h. Às 10h, estamos aqui na Esplanada, pretendo usar a palavra. Não é uma palavra de ameaça a ninguém. Estaremos em São Paulo fazendo a mesma coisa. Podem ter certeza: teremos fotografia para o mundo do que vocês querem. Só posso fazer alguma coisa se vocês assim o desejarem”, disse a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

Poliana Skaf

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