Ex-atriz pornô fala sobre realidade da indústria do sexo: ‘Tenho traumas até hoje’
Vanessa Danieli, assim como muitas outras mulheres, entrou para a indústria pornográfica por necessidade
Vanessa Danieli, assim como muitas outras mulheres, entrou para a indústria pornográfica por necessidade. Felizmente, a influenciadora conseguiu sair da carreira de atriz pornô, mas carrega consigo até hoje o peso da escolha que fez aos 21 anos.
Hoje em dia Vanessa investe na carreira de influenciadora digital do mundo geek, falando sobre games e tudo que envolve cultura pop. “Até hoje sou crucificada por ter sido atriz pornô. Até hoje lido com haters, comentários maldosos e preconceito. Mas tudo isso não me abala, sigo firme nos meus propósitos, investindo na minha carreira e vivendo uma fase bem diferente”, contou a influencer em entrevista ao UOL.
“Entrei por necessidade e me arrependo muito. Tudo ali no set não era montado como prometido, era caseiro, sem uma cópia do contrato, cenas cansativas e muito forçadas, tudo era sofrimento, foi uma fase bem difícil. Tenho traumas até hoje. A ideia do livro surgiu justamente para alertar outras mulheres”, explicou ela, que pretende lançar uma autobiografia.
“Mesmo assim sou criticada. Primeiro eu era alvo porque tinha entrado no pornô, depois porque sai e não tinha direito a uma vida digna, a uma vida ‘normal’, como por exemplo casar, ter uma família e um outro trabalho. As pessoas são cruéis e hipócritas. Hoje, eu faço tratamento psiquiátrico para não pirar, essa coisa de fazer parte do pornô é pesado e gera muitas frustrações, pois as pessoas glamorizam a pornografia e não pensam em trafico e exploração sexual. Pensei em suicídio muitas vezes por não aguentar a pressão”, contou ela.
Atualmente, Vanessa é casada, estudante de marketing e trabalha em uma agência de publicidade, além de criar conteúdo sobre o que gosta. “Hoje sou contra os filmes adultos porque são prejudiciais de diferentes formas, como interferir na autoestima das pessoas, interferir nas primeiras relações de meninos e meninas que começam a namorar. A indústria mostra uma situação distorcida, o sexo deixa de ser algo saudável”, completou.
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