Governo libera R$ 30 milhões para investimentos de pesquisas na Antártica

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Verba vai financiar os próximos dez anos de projetos no continente e é a maior disponibilizada em 40 anos de estudos na região do Polo Sul. Foto: Reuters

Por Thiago Félix

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação anunciou a liberação de R$ 30 milhões para financiamentos de projetos no continente antártico. O Plano Decenal para a Ciência Antártica do Brasil, considera o prazo das próximas pesquisas entre 2023 e 2032 e foi elaborado pelo Comitê Nacional de Pesquisas Antárticas.

De acordo com Luciana Santos, ministra da pasta, este é o maior valor em 40 anos do Programa Antártico Brasileiro – o último edital foi de aproximadamente R$ 18 milhões. “Isso mostra o comprometimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação com as atividades de pesquisa desenvolvidas no âmbito do Programa Antártico Brasileiro – o mais longevo programa do País, que permite ao Brasil estar inserido no grupo de apenas 29 nações, que são membros consultivos do Tratado da Antártica. A ciência é prerrogativa para o Brasil participar deste seleto grupo que define o futuro do continente antártico”, diz a ministra.

As inscrições para projetos de pesquisas estarão abertas até o dia 28 de julho, pelo site do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Em entrevista à CNN, Andrea Cruz, coordenadora geral do CGOA (Comitê Gestor das Obrigações Acessórias) e especialista em aplicação de recursos na Antártica, aponta que o Brasil seguirá um novo padrão com a diversificação dos temas, “As pesquisas estão alinhadas com agendas internacionais. O Brasil insere as necessidades nacionais num contexto de pesquisa internacional. Aumentando e intensificando o intercâmbio com outros países”, analisa Andrea.

O Brasil atua na ciência da Antártica com 17 laboratórios da estação Comandante Ferraz. O modelo de investimento ampliou de cinco para sete os temas de pesquisas, são eles: Gelo e Clima, Biodiversidade Antártica, Oceano Austral, Geologia e Geofísica, Alta Atmosfera, Ciências Humanas e Sociais e Saúde Polar. Além desses itens, pela primeira vez haverá disponibilidade de estudos brasileiros direcionados no Ártico, na região do Polo Norte.

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