IBGE: Homens brasileiros de 20 a 24 anos têm 4,1 vezes mais chances de morrer que mulheres da mesma idade

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(Foto ilustrativa). Foto: Pixabay

A expectativa de vida ao nascer dos homens era de 73,1 anos e a das mulheres de 79,7 anos no Brasil em 2023, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No geral, a esperança de vida do brasileiro subiu para 76,4 anos em ambos os sexos, em relação ao ano anterior.

No Brasil, a sobremortalidade masculina (razão entre a taxa de mortalidade masculina e a feminina) se concentra nos grupos de idade chamados de adultos jovens, que corresponde a faixa etária de 15 a 29 anos.

No grupo com 20 a 24 anos, a chance de um homem não chegar aos 25 anos era 4,1 vezes maior que as chances de uma mulher do mesmo grupo de idade. No grupo de 15 a 19 anos, as chances de morte eram 3,4 vezes maiores entre os homens; no grupo de 25 a 29 anos, a probabilidade de morte masculina foi 3,5 vezes mais alta que a das mulheres.

O fenômeno pode ser explicado pela maior incidência de mortes por causas externas ou não naturais, como homicídios, acidentes de trânsito, quedas acidentais, afogamentos e suicídios, que atingem com maior intensidade a população masculina.

As informações estão disponíveis na Tábua de Mortalidade 2023, divulgada nesta sexta (29) pelo IBGE, que traz as expectativas de vida nas idades exatas até 90 anos para o Brasil. Os números são usados como um dos parâmetros para se determinar o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

De acordo com o IBGE, a sobremortalidade masculina se acentuou nos anos de 1980, quando a população brasileira se tornou majoritariamente urbana e as causas externas ou não naturais passaram a influenciar negativamente a estrutura por idade das taxas de mortalidade, particularmente dos adultos jovens do sexo masculino.

Além disso, o instituto observou que, entre 1940 e 2023, também diminuiu a mortalidade feminina na idade considerada fértil, que vai de 15 a 49 anos de idade. Em 1940, de cada cem mil nascidas vivas 77.777 iniciaram o período reprodutivo e destas, 57.336 completaram este período. Já em 2023, de cada cem mil nascidas vivas 98.426 atingiram os 15 anos de idade, e destas 94.416 chegaram ao final deste período.

“Com a diminuição generalizada dos níveis de mortalidade, fica evidente a importância do papel da fecundidade na regulação do volume populacional brasileiro, já que a grande maioria das mulheres que nascem vão iniciar e completar o período reprodutivo tendo, portanto, a oportunidade de ter todos os filhos que desejarem”, observa Izabel Marri, gerente de estudos e análises da dinâmica demográfica do IBGE.

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