Menina de 8 anos morre após inalar desodorante em desafio no TikTok

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Sara Raíssa Pereira

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) abriu inquérito para investigar as circunstâncias da morte de uma menina de 8 anos após ela ela ter participado do “desafio do desodorante”, que começou a circular na rede social TikTok.

De acordo com as primeiras apurações da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), na quinta-feira (10/4), Sara Raíssa Pereira (foto em destaque) deu entrada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) após ter participado do citado desafio e inalado gás do desodorante aerossol, o que lhe provocou uma parada cardiorrespiratória, tendo sido reanimada após 60 minutos. Porém, sem reflexos, foi constatada morte cerebral.

Investigação

O óbito foi declarado três dias depois (13/4). A família registrou ocorrência policial. “Através do inquérito policial instaurado, a PCDF visa esclarecer como a criança teve acesso ao referido desafio e identificar o responsável por sua publicação, o qual, a depender das circunstâncias, poderá responder pelo crime de homicídio duplamente qualificado (através de meio que pode causar perigo comum e por ter sido praticado contra menor de 14 anos de idade), cuja pena pode alcançar os 30 anos de prisão”, disse o delegado João de Ataliba.

Médico explica por que ingestão de aerossol matou criança de 8 anos

A morte de Sara Raíssa Pereira, 8 anos, vítima de um “desafio” do TikTok que leva crianças e adolescentes a inalarem gás de desodorante aerossol, chama atenção para o perigo de fazer contato com certas substâncias.

O médico Paulo Guimarães, especialista em prevenção de acidentes domésticos e primeiros socorros a crianças e adolescentes, explica o que levou a criança à morte.

“Os sprays [de desodorantes aerossóis] contêm gases como butano, propano e isobutano, que, quando inalados, provocam hipóxia — ou seja, falta de oxigênio no corpo”, responde o médico.

Segundo o especialista, a falta de oxigênio no corpo pode causar tontura, convulsões e parada cardíaca, que foi o que levou Sara Raíssa a óbito. “Há, inclusive, a chamada síndrome da morte súbita por inalante, que pode ocorrer em questão de minutos”, alerta Paulo Guimarães.

“Esse desafio que circula nas redes sociais é extremamente perigoso”, destaca o o especialista.

 

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