O “caminho sem volta” de Geraldo Alckmin
Por Igor Gadelha
Após os recentes acenos de ambos os lados, políticos paulistas são praticamente unânimes na avaliação de que a formação de chapa com o ex-presidente Lula (PT) em 2022 é um “caminho sem volta” para o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido).
A percepção de políticos ouvidos pela coluna é de que o simples fato de admitir a possibilidade de aliança com Lula já “carimbou” a imagem de Alckmin, principalmente em São Paulo, onde o ex-tucano também cogita disputar o governo do Estado no próximo ano.
Aliados e adversários de Alckmin avaliam que, caso ele recue ou o próprio PT desista da ideia de tê-lo como vice de Lula em 2022, “o estrago já está feito” para a imagem do ex-tucano no estado, conhecido por ter maioria antipetista, principalmente o interior.
Nesse domingo (19/12), Alckmin e Lula participaram de um jantar promovido pelo grupo de advogados “Prerrogativas”, em São Paulo, quando se deixaram fotografar juntos. Foi o primeiro encontro público dos dois desde que as discussões da possível aliança se iniciaram.
Apesar das sinalizações e especulações, aliados próximos do ex-governador paulista preveem que Alckmin deve deixar para bater o martelo sobre a candidatura somente em março de 2022. O prazo para ele decidir por qual partido disputará as eleições de outubro acaba no início de abril.