Partido de Bolsonaro (PL) vai facilitar indicação de Lula do petista Zanin para o STF

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Cristiano Zanin, advogado de Lula. Foto: EFE/David Fernández

Indicado ao Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin não deve ter dificuldades para passar pela sabatina do Senado. O PL, maior partido de oposição, não vai bagunçar a sessão da CCJ que entrevistará o possível novo ministro.

O Partido Liberal, representado na CCJ por Flávio Bolsonaro (RJ), Carlos Portinho (RJ) e Magno Malta (ES), já sinalizou que não vai oferecer dificuldades na Comissão de Constituição e Justiça.

O PL entende que não deve causar aborrecimento a um provável ministro do STF, já que Zanin pode julgar ações que implicam nomes do partido. Caso seja aceito, o advogado vai herdar 552 processos de Ricardo Lewandowski.

A linha de frente contra Zanin na CCJ será formada por Marcos do Val (Podemos-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE), dois dos congressistas mais coléricos do Senado. Sergio Moro (União Brasil-PR) vai fazer jogo duro, mas nada nada que cause dificuldades. Nem Ciro Nogueira (PP-PI) vai criar problema.

Zanin tem aliados de peso pela vaga na Corte: o ministro do STF Gilmar Mendes e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Os dois têm entrado em contato com senadores para enaltecer Zanin e facilitar o seu ingresso no STF.

Ambos jantaram com o advogado na última quinta-feira (1º/6) junto de Alexandre de Moraes e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente da CCJ. Se comprometeram a ajudar o indicado de Lula a vencer a pouca resistência que terá no Senado.

Alcolumbre, inclusive, disse que Lula “pode contar” com sua “disposição”. Ele também ressaltou ser um “aliado” do governo, mas ainda não deu uma data para a sabatina. A expectativa é que ela aconteça ainda em junho.

Por Ricardo Noblat

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