Por que o ponto G tem esse nome? Se pensou em alguma sacanagem, errou feio

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Imagem: Victoria Borodinova/ Pixabay

Por Tiago Jokura

Por que o ponto G tem esse nome? Pergunta de Giovana Guedes, de São Miguel do Gostoso – quer enviar uma pergunta também? Clique aqui.

Não é de “genital” nem de “gemidão” nem de “gostoso”, cara gostosense. Este famoso, misterioso e controverso ponto da anatomia feminina foi batizado de ponto de Gräfenberg, em referência ao médico alemão Ernst Gräfenberg (1881-1957).

E “G” é o que não falta na história dele: iniciou os estudos em medicina em Göttingen, se enveredou pela ginecologia e entrou nessa história de ponto G ao estudar a obra de Reinier de Graaf (1641-1673).

Ainda no século 17, o holandês investigou a ejaculação feminina e descreveu uma zona erógena até então não documentada: um ponto em que a uretra —canal que excreta a urina— está mais próximo da parede vaginal. Gräfenberg se interessou sobre o papel da uretra no orgasmo feminino e publicou a respeito.

Nas palavras dele, a região, na parede frontal do canal vaginal é “uma zona erótica primária, talvez mais importante que o clitóris.” Mas ninguém deu muita bola para isso à época.

O ponto alto da carreira de Gräfenberg foi descrever, em 1929, o DIU (dispositivo intrauterino ou anel de Gräfenberg), método anticoncepcional utilizado até hoje.

Embora não tenha gozado pleno reconhecimento em vida, o alemão foi homenageado no início dos anos 1980. Os autores do artigo “Female ejaculation: a case study” (“Ejaculação feminina: um estudo de caso” em tradução livre), publicado no Journal of Sex Research, foram os primeiros a grafar o termo “ponto de Gräfenberg”, que se popularizou como ponto G e é chamado assim até hoje —embora haja estudiosos que questionem sua existência.

Uma das hipóteses atuais é a de que a região seja, na verdade, a raiz do clitóris, ponto em que os tecidos eréteis se unem ao redor da uretra tão observada pelo gajo que batiza o ponto G.

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