Presidente do Hospital Napoleão Laureano afirma que relatório apresentado pela CGU não indica ilicitudes; entenda

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Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

“Estamos tomando por base esse relatório da CGU para fazer as correções, mas é importante que não se misture as coisas. Não tem nenhum tipo de ilícito do Laureano”. A afirmação foi feita pelo presidente da Fundação Napoleão Laureano, Marcelo Lucena, durante o programa Arapuan Verdade da sexta-feira (9).

Ele ressaltou que o relatório é do ano de 2021 e que, de fato, serve de embasamento para algumas correções, mas boa parte já foi corrigida. Destacou também que hoje o hospital é informatizado, o que facilita no processo de organização dos dados.

Marcelo Lucena disse também que a maioria dos apontamentos da CGU são relativos à parte burocrática de faturamento SUS, de alguns atendimentos a pacientes e alguns erros por parte do hospital, algumas falhas no serviço dos médicos que esqueceram, por exemplo, de assinar um prontuário, falta de alguns receituários.

Marcxelo Lucena
Diretor do Hospital Napoleão Laureano afirma que não há ilicitudes na unidade, mas alguns erros estão sendo corrigidos.

“Hoje o Hospital Laureano tem prontuário eletrônico, o que é uma tendência no Brasil inteiro, e é uma ferramenta importante que evita qualquer tipo de erro. Com isso, conseguimos sanar boa parte desses apontamentos. O relatório tem sido acompanhado”, comentou.

Em nenhum momento, segundo ele, o relatório apontou algum tipo de ilícito do Laureano. “Não tem desvio de recurso. Muita gente está propagando informações que não existem no relatório. Nele tem erros e apontamentos no sentido de falta de documentos, falta de assinaturas, mas não tem nenhum tipo de ilícito do Laureano. Estamos tomando por base esse relatório da CGU para fazer as correções, mas é importante que não se misture as coisas”.

Marcelo Lucena avalia o Laureano como um hospital muito importante, que vem crescendo cada vez mais na Paraíba. É o principal hospital oncológico do estado, único Centro de Oncologia da Paraíba. “Vem crescendo com quantitativo de serviços cada vez mais qualificados, diversas premiações. Isso tem que ser levado em conta para que o hospital, de 62 anos, não caia na descredibilidade”.

90% dos atendimentos são de pacientes do SUS

O Hospital é privado e atende aproximadamente 90% de pacientes do SUS. Pela lei, para que seja filantrópico, tem que atender, no mínimo, 60%. Os outros hospitais estão reduzindo o atendimento do SUS, porque o atendimento do SUS é muito deficitário, e estão aumentando o atendimento privado. O Laureano não faz isso. O próprio Laureano disse que queria que atendesse o SUS.

Se deixarmos o hospital atendendo 100% SUS, o hospital não dura muito tempo. Esse lucro que teríamos na parte privada e de plano de saúde é revertido para tapar o buraco do SUS, que paga R$ 10 por uma consulta médica. Essa tabela é de 2008. Essa é a nossa realidade do SUS.

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