Prioridade da fusão DEM-PSL é ter candidato à presidência, diz ACM Neto

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ACM Neto disse que a fusão do DEM e o PSL tem a pretensão de lançar um candidato à presidência da República. Imagem: Reprodução

O presidente nacional do DEM, ACM Neto, afirmou que a prioridade da fusão do partido com o PSL será a de lançar uma candidatura própria à presidência da República nas eleições de 2022 e se estabelecer como a alternativa da terceira via em oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em entrevista à CNN Brasil, o ex-prefeito de Salvador declarou que existem “lideranças qualificadas” no DEM e no PSL para disputarem o pleito presidencial, porém não citou nomes. O político ressaltou que, além do anseio pelo Planalto, o partido que nascerá tem como meta lançar o maior número possível de candidatos aos governos estaduais e sair como vencedor.

“Nosso desejo é que o partido nasça como o maior e mais importante partido do Brasil, sobretudo no número de candidatos a governador nas eleições de 2022”, disse ele, ao destacar a necessidade “de ter um projeto nacional próprio” cuja “prioridade será a de lançar uma candidatura a presidente da República”.

O resultado final da fusão entre o DEM e o PSL será a formação da sigla com a maior bancada da Câmara dos Deputados e um fundo partidário no valor de R$ 160 milhões. No entanto, ACM Neto admite que alguns parlamentares — entre deputados, senadores e vereadores — insatisfeitos com a junção podem migrar para outro partido, fato que, diz o ex-prefeito, não é uma preocupação nesse momento.

“Não estamos preocupados com o que será o número de parlamentares no primeiro momento. A gente leva em consideração que em um primeiro momento vamos perder parlamentar, porque com a fusão abre-se a porta de saída para o parlamentar insatisfeito”, contou, ponderando que eles enxergam a possibilidade real de crescimento a partir de março de 2022, quando terão realizado o planejamento para disputar as eleições.

Vereador pelo Rio de Janeiro e pai do deputado federal Rodrigo Maia, Cesar Maia já sinalizou que, após a fusão, ele deixará o DEM. Para o político carioca, a junção obrigará o Democratas a abandonar a centro-direita e marcar posição na direita.

Compromisso com a democracia

O apreço pela democracia e a independência entre os poderes da República serão pilares da fusão DEM-PSL, garantiu ACM Neto. Segundo o político, proteger as instituições democráticas “é um valor inegociável” para a nova legenda.

“Para nós a democracia é um valor inegociável, a preservação das instituições, a valorização da independência de cada poder e da liberdade”, contou.

Ainda na entrevista, o político revelou que o novo partido, que segue sem um nome definido, terá uma postura “liberal na economia”, com um “forte compromisso social” e que pretende associar a “política eficiente com a boa gestão”.

Por fim, ele disse que os integrantes do DEM e do PSL sabem “separar” a agenda parlamentar do Congresso Nacional com os interesses partidários de 2022, ou seja, ACM garante que quando concretizada a fusão, a nova sigla “não assumirá” um papel de oposição a “todas” as matérias do governo na Câmara, e que irá manter postura “responsável de independência”.

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