Ronaldo, do Cruzeiro, se posiciona sobre escândalo de apostas e defende investigação

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Ronaldo Fenômeno. Foto: Quality Sport Images/Getty Images

Por Leonardo Parrela

Dono da SAF do Cruzeiro, Ronaldo utilizou o Twitter para se posicionar em relação aos recentes desdobramentos da Operação Penalidade Máxima. O ex-jogador revelou tristeza com o envolvimento dos jogadores e elogiou a ação rápida por parte das autoridades e clubes.

“É claro que me entristece muito ver a história do esporte ser manchada dessa forma; as atividades fraudulentas de alguns descredibilizando os muitos outros sem qualquer envolvimento; a falta de ética, princípios, integridade e, sobretudo, de respeito ao torcedor por parte dos envolvidos sujando a imagem do futebol como um todo”, diz em parte do texto publicado.

Ronaldo comentou que sente alívio ao ver que a Operação tenha apoio dos clubes. Sete jogadores foram afastados — dentre eles Richard, do Cruzeiro, clube gerido pelo Fenômeno — e dois tiveram contrato rescindido.

“É um alívio ver uma operação séria como essa se desdobrar na rápida ação dos clubes em apoio às autoridades competentes para afastar quem deve ser afastado, investigar o que deve ser investigado e punir quem deve ser punido, em prol do verdadeiro futebol, maior que tudo isso”, comentou.

O ex-jogador ainda afirmou que, apesar da tristeza do momento, vê no atual contexto uma oportunidade. Para ele, é necessária a regulamentação das casas de apostas no Brasil — que chamou de mercado bilionário.

“Escancara-se hoje a necessidade de regulamentação do setor que, além de alavancar mercado bilionário, dificultaria muito a ação de fraudadores — protegendo as casas de apostas, o consumidor (que é o apostador comum) e a dignidade do esporte, violentada pelos esquemas de manipulação”, avaliou.

A Operação Penalidade Máxima

O Ministério Público de Goiás ofereceu nova denúncia contra 17 pessoas no âmbito da Operação Penalidade Máxima II. Os denunciados são divididos em três núcleos: financiadores, apostadores e intermediadores. Seis jogadores estão denunciados nessa nova fase. A Itatiaia teve acesso à denúncia e detalha as argumentações do MP-GO.

Os apostadores aliciavam atletas para que eles fossem punidos ao longo de partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022. Também há registros de manipulação em jogos de alguns estaduais de 2023. A Operação Penalidade Máxima teve, até agora, duas fases.

São quinze jogadores formalmente denunciados e outras nove pessoas classificadas como intermediários e aliciadores entre atletas e apostadores. Bruno Lopez de Moura é apontado pelo Ministério Público como chefe da quadrilha.

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