Sachsida sobre caso das joias: “Não tenho nada a ver com isso”

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Adolfo Sachsida. Foto: Igo Estrela

Por Paulo Moura

Em silêncio até o momento sobre o caso das joias do presidente Jair Bolsonaro (PL) apreendidas pela Receita, o ex-ministro de Minas e Energia (MME) Adolfo Sachsida procura se desvincular do caso. As joias foram trazidas da Arábia Saudita para o Brasil pelo antecessor de Sachsida, Bento Alquerque, em outubro de 2021.

Eram duas caixas. Uma foi apreendida pela Receita Federal e continha joias avaliadas em R$ 16,5 milhões. Outra com relógio e outras peças valiosas que valeriam R$ 400 mil ficou guardada no cofre do MME. Em novembro do ano passado, depois das eleições, o segundo conjunto de joias foi despachado do MME já na gestão de Sachsida.

– Não tenho nada a ver com isso. Não sei por que estão querendo me levar pra isso – disse Adolfo Sachsida ao Estadão, ao ser questionado sobre o assunto.

Desde a publicação da primeira reportagem sobre o caso das joias no início de março, a reportagem vinha tentando obter esclarecimentos do ex-ministro. Localizado, Sachsida mostrou que não quer ter seu nome vinculado ao episódio.

– Não tenho nada a ver com essa história – repetiu, encerrando a ligação logo em seguida.

Bento Albuquerque chegou a mencionar que as joias se tratavam de um presente para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro, e chegou a ligar para a chefia da Receita durante a apreensão, para tentar reaver o item, mas não teve sucesso.

Em sua defesa, Albuquerque tem afirmado que desconhecia o conteúdo das caixas, que se predispôs a trazer algo de outro país sem saber o que carregava. Em entrevista em 3 de março, quando o caso foi revelado, o ex-ministro reafirmou que o kit que entrou no país era um presente para Bolsonaro e que o segundo, que ficou retido, seria para Michelle Bolsonaro.

*AE

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