‘Seria justo voltar à Câmara, mas só decidirei candidatura em 2025’, diz Dirceu depois de ter pena extinta pelo STF
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José Dirceu. Foto: Folhapress/Fernando Calzzani
O ex-ministro José Dirceu afirmou que ainda não decidiu se vai disputar um cargo eletivo nas eleições de 2026. A Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) extinguiu, na terça-feira (21), a pena de corrupção passiva contra ele.
O colegiado considerou que a pena, relacionada à Operação Lava Jato, prescreveu. Com isso, abre-se um caminho para que Dirceu fique elegível novamente —para isso, ele precisa conseguir também arquivar um processo a que ainda responde no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Dirceu teve o mandato de deputado federal cassado em 2005, no escândalo do mensalão.
“Fui cassado por razões políticas e sem provas. Sofri processos kafkianos. Seria justo voltar à Câmara”, afirma ele. “Mas só vou tomar essa decisão no próximo ano. Neste momento, há outras prioridades políticas a serem enfrentadas.”
O petista diz que está empenhado neste momento em ajudar a eleger candidatos nas eleições municipais deste ano e “na renovação do PT”. O partido deve eleger uma nova direção ainda este ano.
“Não é uma questão de vontade pessoal”, segue o ex-ministro.
Dirceu havia sido condenado pela 13ª Vara Federal de Curitiba a mais de oito anos pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Nesse caso, Dirceu foi acusado de receber propina no âmbito de um contrato que teria sido superfaturado entre a Petrobras e a empresa Apolo Tubulars, fornecedora de tubos para a estatal, entre 2009 e 2012. Os advogados do ex-deputado sustentaram ao STF que o prazo para que o Estado punisse Dirceu foi extrapolado.