Suspeito abordou gerente para assaltá-la, mas a estuprou, diz delegado

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Foto: Reprodução

São Paulo – Em depoimento à polícia, Raimundo Pessoa, que foi preso suspeito de assassinar Susana Dias Batista, em Itapetininga, no interior de São Paulo, negou que tivesse a intenção ou que tenha tentado estuprar a gerente de loja.

No entanto, o delegado responsável pelo caso, Agnaldo Nogueira, afirmou ao Metrópoles que a investigação acredita que o abuso sexual tenha ocorrido.

O suspeito confessou a intenção de roubá-la e relatou ter mandado a vítima tirar a roupa para revistá-la e ver se não achava dinheiro.

“Ela ficou nervosa, começou a gritar, enquanto veículos passavam na pista e ele teria dado uma pedrada na cabeça dela, e ela desmaiou. Essa é a versão dele”, disse o policial.

Corpo de Susana Dias Batista foi encontrado em uma área de mata
Corpo de Susana Dias Batista foi encontrado em uma área de mata entre Alambari e Itapetininga, no interior de SP
Susana Dias Batista foi vista pela última vez usando a caminhonete da empresa que trabalhava; veículo foi encontrado abandonado
Susana Dias Batista foi vista pela última vez usando a caminhonete da empresa que trabalhava; veículo foi encontrado abandonado
Susana Dias Batista, de 47 anos, que estava desaparecida desde quarta-feira (17/11)
Susana Dias Batista, de 47 anos, que estava desaparecida desde quarta-feira (17/11)
Susana era subgerente de uma loja de máquinas e ferramentas em Itapetininga
Susana era subgerente de uma loja de máquinas e ferramentas em Itapetininga
A morte de Susana é investigada por meio de inquérito policial instaurado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapetininga
A morte de Susana é investigada por meio de inquérito policial instaurado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapetininga
Corpo de Susana Dias Batista, de 47 anos, foi encontrado por familiares em área de mata entre Alambari e Itapetininga, no interior de SP
Corpo de Susana Dias Batista, de 47 anos, foi encontrado por familiares em área de mata entre Alambari e Itapetininga, no interior de SP

“A convicção nossa é de que ele pode até, em um primeiro momento, ter tido realmente a intenção de roubar a vítima. Abordou a mulher, saiu com ela no carro e mudou a conduta dele para tentar um abuso sexual contra ela”, afirmou Nogueira.

A investigação indica que o suspeito mandou a gerente de loja parar o carro no acostamento da Rodovia Vereador Humberto Pellegrini (SP-268), entre Itapetininga e Alambari, e a entrar no mato.

“Ele obrigou ela a se despir, então ela deve ter reagido quando ela foi agredida com várias pedradas na cabeça. Ela estava com o rosto totalmente dilacerado”, disse o delegado.

Susana Dias Batista pode não ter sobrevivido às lesões contundentes na cabeça causadas pela pedra. Porém, a causa da morte da gerente de loja ainda será apontada pelo laudo do Instituto Médico Legal (IML).

De acordo com o delegado, Raimundo foi indiciado por roubo e estupro qualificados, porque houve morte da vítima. “Apesar de não termos o laudo, o estupro já foi confirmado. A prática do ato libidinoso contra a vontade da mulher já é considerada estupro, não é apenas o ato consumado”, explicou Agnaldo Nogueira.

Nervosismo

Ao delegado, o suspeito afirmou que se apavorou com medo de ser flagrado cometendo o crime. “Ele ficou muito nervoso, segundo o relato dele, e decidiu atingi-la com uma pedra para fugir”, afirmou Nogueira.

De acordo com o delegado, Raimundo disse que não estava armado e fez ameaças verbais para que a gerente de loja entregasse o dinheiro. “Mas nossa convicção é de que ele estava com faca, pelo menos, para conseguir obrigar a vítima a seguir com ele até o local”, disse o agente.

Em depoimento, Raimundo afirmou já ter vendido o celular que roubou da mulher de 47 anos.

A polícia informou que o suspeito vive com uma pessoa, tem três filhos e não tinha antecedentes criminais. Do Maranhão, ele se mudou para Itapetininga há um ano e dois meses com o objetivo de trabalhar na área de construção civil. Raimundo já atuou como pedreiro em outras cidades do interior de São Paulo.

Prisão

Raimundo Nonato da Silva Pessoa teve a prisão temporária decretada em 19/11 e foi detido em 21/11 em Itapetininga, no interior de São Paulo. “Temos 30 dias para concluir o inquérito e então vamos apresentar para pedir a prisão preventiva dele”, afirmou o delegado responsável pelo caso.

A Polícia Civil identificou o autor do crime com o auxílio das câmeras de segurança de lojas e condomínios próximos de onde a gerente de loja foi vista pela última vez.

Segundo a polícia, no local em que ele foi preso, os investigadores encontraram a roupa que ele usava no dia do crime. Raimundo foi levado até a delegacia e confessou a autoria do crime. Ele foi transferido para um Centro de Detenção Provisória (CDP) da região.

Desaparecimento

A vítima de 47 anos desapareceu em 17/11, depois de sair da empresa em que trabalhava para ir almoçar em casa. Ela foi vista pela última vez usando a caminhonete do estabelecimento onde trabalhava.

Susana foi encontrada com um grave ferimento na cabeça, hematomas no rosto e usando apenas roupas íntimas. O corpo estava em um local de mata e foi localizado por parentes entre as cidades de Alambari e Itapetininga, no interior de São Paulo.

Os familiares procuraram justamente no local onde ela foi vista pela última vez por dois ciclistas, depois de sair com o carro da empresa na qual trabalhava, em Itapetininga.

A vítima era gerente de uma loja de máquinas e ferramentas, onde começou a trabalhar no setor financeiro há um ano e meio. Ela era muito querida pelos colegas e clientes.

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