O republicano pediu que um assessor entregue a caneta que ele utilizou para assinar o decreto a Robert F. Kennedy Jr., filho do senador morto em 1968 e indicado por Trump para assumir o Departamento de Saúde dos EUA.
O decreto de Trump deve tornar públicos os 3 mil documentos a respeito da morte de JFK que ainda são sigilosos, além de tornar possível a liberação sem tarjas de cerca de 30 mil papéis parcialmente publicados.
A ordem executiva também antecipou em dois anos a liberação de documentos a respeito da campanha de espionagem do FBI contra King. A polícia federal americana, que atuou contra uma série de líderes do movimento negro dos anos 1960 e 1970, espionou o pastor para tentar ligá-lo a organizações comunistas com o objetivo de afundar sua reputação nos EUA, que viviam o auge da Guerra Fria.
As explicações oficiais sobre as mortes dos dois Kennedys e de King nunca foram amplamente aceitas pela população americana. Ao longo das décadas, a família do líder dos direitos civis sempre afirmou que o governo e a máfia italiana estariam envolvidos na morte de King, baleado na varanda de um hotel em 1968, aos 39 anos de idade.
Já o assassinato de JFK é rodeado de teorias da conspiração que envolvem a CIA, o FBI e a máfia. Logo após sua morte, uma comissão especial estabelecida por seu sucessor, Lyndon Johnson, chegou à conclusão que o ex-militar Lee Harvey Oswald era o único culpado pela morte —Oswald foi, ele próprio, morto por um dono de boate dois dias depois do assassinato do presidente.
Em 1979, entretanto, um inquérito da Câmara dos Representantes dos EUA afirmou que Oswald não poderia ter agido sozinho, mas não indicou que outras pessoas ou organizações estariam envolvidas. O FBI e o Departamento de Justiça sempre negaram envolvimento no caso.