Vídeo: “Muito arrependido”, diz bolsonarista que negou marmita em SP

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Cássio Cenali. Foto: Reprodução/Redes sociais

Por Raphael Veleda

O empresário Cássio Cenali, que se tornou conhecido em todo o país após viralizar na internet um vídeo no qual diz que não vai mais dar marmitas a mulher por ela se dizer eleitora do petista Luiz Inácio Lula da Silva, pediu desculpas e se disse muito arrependido. Ele enviou suas explicações ao jornal Ita News, de Itapeva (SP), onde vivem tanto ele e a mulher que aparece nas imagens gravadas pelo empresário.

A publicação da cidade do interior de São Paulo dá mais detalhes sobre o episódio, que foi divulgado primeiramente pelo perfil Jornalistas Livres nas redes sociais no último sábado (10/9).

O empresário fez o vídeo no último dia 31 de agosto, uma quarta-feira, dia em que costuma distribuir marmitas para a população carente na região. Nas imagens, o homem entrega uma caixa com comida para a mulher e a questiona: “Nesta campanha de Bolsonaro, a senhora é Bolsonaro ou Lula?”. A mulher, então, diz que vai votar no petista e o Cenali passa a reclamar:

“Esta é a última marmita que você vai receber”, diz ele, deixando a mulher sem reação. “Aqui não vem mais marmita, ela vai pedir para o Lula agora”, diz o homem, que agora se fiz arrependido:

“Eu sou o Cássio. Estou aqui para pedir desculpa pelo vídeo, pela infelicidade de ter feito esse vídeo. Estou muito arrependido”, diz ele, na retratação. “Faz mais de dois anos que eu faço 60 marmitas toda quarta-feira e entrego para morador de rua, inclusive para essa senhora. E não é isso que vai fazer eu parar com esse trabalho meu. É um trabalho que faço com recurso meu, não tenho apoio político nisso ai, não tenho nada. Eu só quero a caridade”, continua ele.

Veja:

Reações

Após viralizar, o vídeo do empresário humilhando uma mulher carente causou muitas reações nas redes sociais e se tornou um dos assuntos da campanha eleitoral.

Entidades como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ofereceram ajuda para a família da mulher e o próprio Lula se manifestou sobre o episódio, chamando de “falta de humanidade” negar ajuda por divergência política. Veja:

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