Apoio ao Perse vai de bolsonaristas a ministro de Lula, o que dificulta sua extinção
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Plenário da Câmara dos Deputados. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
por Fábio Zanini
O governo Lula admite que terá muita dificuldade de encerrar o Perse (Programa de Retomada Emergencial do Setor de Eventos), criado em 2020 durante a pandemia. Um dos motivos é o caráter suprapartidário que o programa adquiriu na Câmara, desde sua concepção.
Ele é de autoria do deputado Felipe Carreras (PSB-PE), mas teve coautoria de deputados federais de várias matizes ideológicas. O leque vai desde bolsonaristas como Bibo Nunes (PL-RS) e Rosana Valle (PL-SP) até o atual ministro da Pesca, André de Paula (PSD-PE).
Na justificativa para a criação do projeto, um dos argumentos foi a saúde mental dos empresários e trabalhadores da área de eventos.
“Observamos cotidianamente problemas como depressão e suicídio recorrentes entre pessoas do setor. O Parlamento precisa ser sensível a esse tema e a essa urgência”, diz o texto.
Para diversos parlamentares, as condições que levaram a esse quadro dramático ainda não estão totalmente sanadas, mesmo após o fim da crise sanitária.