Centro de João Pessoa tem cerca de 200 lojas fechadas, afirma CDL

Insegurança, o esvaziamento e a falta de investimentos são possíveis fatores que levaram o fechamento de aproximadamente 200 lojas do no Centro da capital paraibana. O índice apresentado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de João Pessoa (CDL/JP) expõe um problema cada vez mais comum para empresários das grandes cidades brasileiras.

Nivaldo Vilar, presidente da CDL/JP, alegou que, além da pouca segurança pública, vários motivos influenciaram para o fechamento de lojas. “Infelizmente esse é o retrato que temos hoje. Sabemos que passamos por uma pandemia e muitas empresas não suportaram esse processo. Mas, existem vários outros problemas que têm acarretado o fechamento de lojas”.

Para o representante dos lojistas da capital, o desafio é atrair o retorno dos consumidores às ruas do centro da cidade.

Loja próxima ao viaduto da Avenida Padre Meira, no Centro. (Foto: TV Tambaú/Reprodução)

Falta de segurança

Para Nivaldo, o efetivo policial não é suficiente para garantir a segurança e as lojas precisam fechar mais cedo. “Nós sabemos que a polícia tem feito sua parte, mas não é o suficiente para que o consumidor e os lojistas se sintam confiantes em estarem com suas lojas abertas durante todo o seu expediente. A maioria das lojas no centro de João Pessoa fecha às 17h. Temos uma hora a menos de trabalho por causa dessa questão.”.

Para solucionar o problema da segurança, o presidente da CDL afirma que a categoria solicitou uma reunião com o governador João Azevêdo (PSB), para mudanças na forma de policiamento na região. “Uma das nossas sugestões é que ele coloque nas ruas do centro de João Pessoa plataformas ou cabines com policiais o dia todo, mostrando para o nosso consumidor que se ele vier no centro, ele vai se sentir seguro.”.

Além das lojas fechadas, o representante da CDL cita a saída de agências bancárias e órgãos públicos da região, o que provoca esvaziamento de pessoas nas ruas.

Av. Beaurepaire Rohan, no Centro. (Foto: TV Tambaú/Reprodução)

Sem estacionamento

Outro fator apontado por Nivaldo foi o fim do serviço de estacionamento rotativo Zona Azul, em João Pessoa. O sistema foi extinto há três anos. Em 2021, houve anúncio a Prefeitura de João Pessoa, mas o projeto ainda não ganhou as ruas da cidade. Enquanto isso, os motoristas disputam as vagas de estacionamento e ficam reféns dos “flanelinhas”.

Altos impostos

Além da falta de segurança, o empresário atribui o fechamento das lojas aos altos impostos cobrados pelo Estado. “Como nós temos um Centro Histórico que é tombado, temos muitas burocracias para abrir uma loja. Uma das reivindicações que nós levamos para a Câmara Municipal é a isenção de IPTU e ISS, para que consigamos atrair essas empresas de volta e ter esse alívio dos impostos.”, declarou.

Confira a matéria exibida na TV Tambaú: