Defesa de Ana Hickmann apresenta à Polícia de SP novos indícios de fraude de Alexandre Correa

A defesa de Ana Hickmann protocolou, na quarta-feira (20), no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), uma petição com novos elementos que indicariam que o ex-marido dela, Alexandre Correa, agiu de forma fraudulenta na condução das empresas do então casal.

O documento foi apresentado pelo advogado Fernando José da Costa, que representa a apresentadora, e deverá ser incluído no inquérito da Polícia Civil que investiga o empresário.

O relatório tem como base os resultados da segunda parte de uma perícia contratada pela defesa de Ana, Esse laudo mostra que Correa transferiu R$ 41,8 milhões da Hickmann Serviços Ltda., empresa na qual ambos eram sócios, para suas contas particulares.

A perícia diz também que os saques foram ocultados na contabilidade da empresa, numa “manipulação” para enganar sócios e credores. Afirma ainda que o ex-marido de Ana emita notas frias, e que a assinatura dela foi falsificada em diversos documentos.

“É uma situação muito grave. E a Ana, agora, tem milhões de reais em tributos a serem pagos de notas fiscais falsas que ele criou para poder maquiar as transferências que ele fez da pessoa jurídica para conta física só dele”, afirma o advogado da apresentadora.

O parecer é assinado pelo perito Cláudio Wagner, reconhecido pela ampla experiência em processos criminais, e conta com a participação da perita Luciana de Almeida Quintanilha, que é especialista em análise grafotécnica. É ela quem atesta que assinaturas de Ana em diversos documentos da Hickmann Serviços teriam sido falsificadas.

Em dezembro, o advogado já havia registrado uma notícia-crime para que o empresário seja investigado pelos crimes de falsidade documental, ideológica, uso de documentos falsos, lavagem de dinheiro, associação criminosa, estelionato e crime contra a economia popular.

O advogado Enio Martins Murad, que representa Correa, já disse anteriormente que a apresentadora “não conseguiu provar nada do que alega” e que suas afirmações são “falsas”.