Estudo: vacina pode evitar recidiva pós-cirurgia de câncer pancreático

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Foto: Steve Gschmeissner/Science Photo Library - Getty Images

Usando a tecnologia de RNA das vacinas contra a Covid-19, pesquisadores americanos conseguiram criar um imunizante que age contra o crescimento de tumores no pâncreas depois da cirurgia de retirada do câncer. Cerca de 18 meses depois, metade dos pacientes que participaram do estudo clínico continuam livres de neoplasias.

A pesquisa foi feita por cientistas do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, nos Estados Unidos, e apresentada no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), na semana passada. Os pacientes tomaram nove doses da vacina, que foi aplicada por via intravenosa, diferente das injeções tradicionais aplicadas em músculos.

A fórmula insere códigos genéticos que servem como uma “receita” para o corpo do paciente criar células imunológicas, que atacarão tumores em formação. A tecnologia é desenvolvida de maneira personalizada, tomando como base o DNA do tumor do paciente.

Participaram do estudo 16 pessoas com o tipo mais frequente de câncer pancreático. Em seis deles, houve recidiva do câncer 13,4 meses depois. Nos pacientes em que o tratamento funcionou, as células cancerígenas não voltaram.

“Essas vacinas parecem estimular a resposta imunológica, e estamos muito animados com isso. Os primeiros resultados sugerem que, se você tem uma resposta imune, deve ter um desfecho melhor. Os pacientes estão, nesse momento, sem câncer e em vigilância ativa”, explicou o autor do estudo, Vinod Balachandran, em comunicado.

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