Falso corretor deixa rastro de vítimas no DF e rombo de até R$ 500 mil

Policiais da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte – Distrito Federal) prenderam, em flagrante, um falso corretor de imóveis que vendia propriedades já ocupadas para uma série de vítimas. Em dois casos, clientes fecharam o negócio em R$ 300 mil, para comprar apartamentos e lotes que já haviam sido vendidos.

No último golpe, uma mulher foi enganada pelo estelionatário que oferecia apartamentos e lotes abaixo do preço de mercado. Na negociação, ele alegava que os imóveis seriam comprados diretamente da União. O criminoso mentia, dizendo que todo o trâmite se daria por meio de precatórios, justificando, desta maneira, o valor subfaturado.

No entanto, o imóvel oferecido à vítima neste caso já tinha sido vendido, em julho deste ano. A compradora estava prestes a pagar mais 20% do valor do imóvel para o falso corretor quando um amigo percebeu o golpe e a alertou. Então, a vítima procurou a delegacia após marcar um encontro com o golpista no Banco do Brasil do Banco Central de Brasília, local onde ela supostamente entregaria o restante do valor ao estelionatário.

Veja momento em que falso corretor tenta vender imóvel de R$ 300 mil para vítima:

Mais golpes

Ao ser abordado pela PCDF, o autor negou que estava no local para receber dinheiro. “Na delegacia, ao ser questionado sobre a transação comercial, sobre a procedência do imóvel negociado – sendo que já teria sido recentemente vendido – ficou claro que a compradora tinha caído em um golpe”, explicou a delegada adjunta da 2ª DP, Bruna Eiras.

Após a prisão em flagrante, outra vítima do falso corretor foi até a delegacia. O comprador também teve o prejuízo de R$ 300 mil na aquisição de um lote, que já estava vendido. A PCDF ainda localizou outra vítima, um médico, o qual teve o prejuízo de R$ 30 mil ao comprar com a mediação do autor um lote no Jardim Botânico, bairro nobre do Distrito Federal. O lote também já tinha sido vendido.

Na delegacia o homem negou a autoria do crime. O autor foi preso em flagrante por estelionato e, se condenado, pode pegar uma pena de 1 a 5 anos de reclusão, além do pagamento de multa. As investigações continuam quanto a outros envolvidos. O homem não tinha passagens pela polícia até então.