Investigado da Lava Jato vai junto com Lula em viagem à Argentina, dizem assessores; Presidência nega

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Deputado Marco Maia (PT-RS). Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Por Priscilla Brito

Esteve na primeira viagem internacional do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal Marco Maia (PT-RS), ex-presidente da Câmara que foi alvo de investigações na Operação Lava Jato durante o governo de Dilma Rousseff. Maia foi investigado por ser dono de um apartamento luxuoso, em Miami.

No decorrer das investigações o parlamentar negou ser proprietário do imóvel. No entanto, em delação premiada, o lobista Alexandre Romano, popularmente conhecido como Chambinho, afirmou que o apartamento registrado em uma de suas empresas era na verdade de Maia. E disse ainda que a propriedade era uma espécie de “laranja” de luxo do deputado.

Marco afirma, atualmente, que as investigações não se desenvolveram, pois as denúncias eram vagas.

– Era uma denúncia vazia – argumenta.

A VIAGEM
Em entrevista ao Metrópoles, assessores de Marco Maia afirmaram que o deputado participou da viagem como integrante da comitiva presidencial. Maia, no entanto, garantiu que foi convidado pelo próprio presidente.

– Foi uma deferência feita pelo presidente Lula a mim em função de eu ter sido presidente da Câmara dos Deputados e ter reassumido um mandato agora – contou.

Entretanto, a Presidência da República desmentiu as afirmações de Maia e negou que o parlamentar estivesse entre os integrante da comitiva. Ao serem questionados sobre de que forma Maia participou dos eventos na Argentina, assessores do presidente não responderam.

CARLOS BOLSONARO
Na sexta-feira (27), diante da situação, o vereador do município do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) se manifestou contrastando a circunstância caso o fato tivesse acontecido com ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

– (…) Mas você estar com seu pai, durante seu recesso no trabalho e cumprindo todas suas obrigações regimentais mesmo estando em viagem, prestando também assessoria em todos os sentidos, algo que sempre foi minha função, a imprensa marrom deita e rola como se fosse algo ilegal, o que não é. Me dirijo a você que talvez nem goste de nós por seus motivos, note o quanto é absurda a diferença de tratamento e como são revelados os fatos diante do que é visto do que chamam de imprensa. Nunca foi pela informação e eles sabem disso! Tudo sempre foi por poder e outras coisas que os senhores certamente compreendem! – afirmou o membro do Poder Legislativo.

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