Ipec: Bolsonaro lidera entre os evangélicos, com 46%; Lula tem 27%

Por Ana Flávia Castro

A pesquisa do Instituto Ipec (ex-Ibope), divulgada na segunda-feira (5/9), revela que o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), continua na liderança entre o eleitorado evangélico, com 46% das intenções de voto. O principal adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem 27% desse público.

No levantamento anterior, divulgado em 28 de agosto, 22 pontos percentuais separavam os dois presidenciáveis; agora, são 19. Bolsonaro caiu de 48% para 46%, enquanto Lula passou de 26% para 27% de preferência do eleitorado evangélico — ambos dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais.

Entre os católicos, o cenário se manteve estável. Lula, que tem maior aceitação no segmento, oscilou para baixo e foi de 51% para 50% das intenções de voto, enquanto a preferência por Bolsonaro apresentou um movimento similar: o presidente foi de 27% para 26%.

Diante da parcela da população que declara praticar outro tipo de religião, ou não se identificar com nenhuma, o petista esticou a vantagem. A diferença entre os dois candidatos, que era de 17 pontos percentuais em agosto, passou a ser de 25 pontos.

Lula registrou 48% da preferência dessa porção do eleitorado, antes 45% no levantamento anterior. Já Bolsonaro teve 23% das intenções no atual estudo, contra 27% da última rodada.

Cenário geral

No levantamento geral, o cenário também não apresentou grandes modificações. Lula (PT) aparece estável na liderança da disputa ao Palácio do Planalto, com 44% das intenções de voto no primeiro turno das eleições, contra 31% de Jair Bolsonaro (PL), que oscilou um ponto para baixo.

Esta é a terceira rodada da pesquisa desde que as candidaturas à Presidência foram oficializadas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os dados são da pesquisa estimulada, na qual os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados. O levantamento ouviu 2.512 pessoas entre os dias 2 e 4 de setembro em 158 municípios de todo o país.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-00922/2022. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.