Laudo inicial não identifica causa de morte de bebê em Campina Grande; polícia investiga o caso

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Hospital Clipsi, em Campina Grande. Foto: Reprodução

O primeiro laudo pericial do caso da bebê de três meses que morreu em um hospital privado na segunda-feira (27/2), em Campina Grande, não conseguiu identificar a causa da morte. A informação foi divulgada pelo Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol), na terça-feira (28/2).

Segundo Márcio Leandro, diretor do Numol em Campina Grande, os peritos não conseguiram identificar o que teria causado a morte da criança neste primeiro momento. Cinco amostras de materiais biológicos foram coletadas e serão encaminhadas para novos exames.

“O material foi coletado porque macroscopicamente não deu para a gente evidenciar a causa da morte. Vamos começar a trabalhar na elaboração do laudo, mas a conclusão, só depois dos resultados dos exames”, disse o diretor do Numol.

Os materiais coletados devem passar por exame toxicológico, para verificar o uso de medicamentos, e anatômico patológico, para verificar se havia alguma patologia já existente desde o nascimento da bebê ou adquirida.

Ainda de acordo com o diretor do Numol, o corpo da criança não apresentava nenhuma marca ou sinal que indicasse a causa da morte. O resultado da nova análise deve ser divulgado em até 10 dias.

A mãe da criança prestou depoimento junto à Polícia Civil na terça-feira (28/2). O corpo da bebê foi liberado para ser velado pela família.

Entenda o caso

A Polícia Civil está investigando a morte de uma bebê, de 3 meses, que aconteceu no Hospital Clipsi, em Campina Grande, na segunda-feira (27/2). Na denúncia, a mãe da criança diz que ela morreu após receber uma medicação injetada na unidade de saúde.

O Hospital Clipsi informou por meio de nota que “executou todos os procedimentos necessários para recuperar o estado da criança, porem em face da gravidade do seu quadro clinico, lamentavelmente, não houve possibilidade de êxito”. A unidade hospitalar disse ainda que “compreende e lamenta a dor e angustia dos familiares com o ocorrido”, mas que “todas as providencias cabíveis foram tomadas”, incluindo uma série de procedimentos médicos e a imediata transferência para a UTI Infantil.

À polícia, a mãe da bebê disse que levou a filha à unidade hospitalar no fim da tarde do domingo (26/2) após ela apresentar uma pequena dificuldade para respirar, o que considerou como sendo um “cansaço”.

No hospital, a menina teria recebido atendimento médico e feito exames de sangue e um raio X. Depois desses procedimentos, recebeu medicação injetada por uma profissional de saúde do local.

Ainda segundo o relato da mãe para a polícia, o quadro de saúde da menina teria piorado após ela ter sido medicada. A garota ainda teria sido transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde também foi intubada e sofreu duas paradas cardíacas antes de morrer.

De acordo com o delegado Luciano Serra Seca, inicialmente o caso será investigado a partir da suspeita da possível aplicação errada da medicação. “Como houve denúncia, cabe à polícia investigar”, explicou.

Um inquérito será aberto pela Delegacia Especializada da Infância e Juventude, responsável por continuar com a investigação da morte da criança.

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