Lula pede libertação de Julian Assange, criador do WikiLeaks

Por Paulo Moura

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou na segunda-feira (28) com integrantes do WikiLeaks, site especializado em promover o vazamento de informações confidenciais, e defendeu que o criador da iniciativa, o ativista Julian Assange – preso em Londres desde 2019 -, seja solto.

O encontro, que aconteceu em Brasília (DF), teve a presença do editor-chefe do WikiLeaks, Kristinn Hrafnssone, e o embaixador da organização, Joseph Farrell. Em seu perfil no Twitter, o petista falou sobre a reunião e disse ter sido informado da “situação de saúde e da luta por liberdade” de Assange.

– Me informaram da situação de saúde e da luta por liberdade de Julian Assange. Pedi para que enviassem minha solidariedade. Que Assange seja solto de sua injusta prisão – escreveu Lula.

Assange tem 18 acusações de espionagem nos Estados Unidos e, em junho deste ano, o Reino Unido autorizou a extradição dele para o território norte-americano, o que ainda não aconteceu. Na época em que foi preso, o jornalista estava há sete anos refugiado na Embaixada do Equador na capital britânica para evitar ser extraditado para a Suécia, onde era acusado de crimes sexuais.

As acusações contra Assange nos Estados Unidos estão relacionadas ao vazamento de documentos secretos com informações diplomáticas e de atividades militares norte-americanas. Os dados tratam do período conhecido como Guerra ao Terror, campanha militar promovida pelos EUA em resposta aos ataques de 11 de setembro.

Além da reunião com Lula no Brasil, a delegação do WikiLeaks está realizando viagens por outros países da América Latina. Antes do Brasil, os integrantes estiveram na Colômbia e se encontraram com o presidente do país, Gustavo Petro.