Moradores protestam contra obra da prefeitura na Quadra de Manaíra, em João Pessoa

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Conforme os moradores, a obra estaria comprometendo parte do espaço atual de convivência da praça.

Moradores protestam contra obra em praça de Manaíra, em João Pessoa — Foto: Jessica Lucena/Arquivo pessoal

Moradores protestaram na manhã desta terça-feira (8) contra uma obra realizada no entorno da Quadra de Manaíra, em João Pessoa. A intervenção está sendo feita pela Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob) da cidade e pretende abrir a circulação de veículos nas Avenidas Cajazeiras e Manoel Morais, conectando as Avenidas João Mauricio (beira-mar) e a Edson Ramalho.

Conforme os moradores, a obra estaria comprometendo parte do espaço atual de convivência e área de permanência da praça. A Semob iniciou uma reunião com uma comissão formada por moradores, por volta das 12h, mas o g1 não conseguiu atualizações sobre o encontro até a publicação desta matéria.

Segundo o arquiteto e urbanista Flávio Tavares, que estava presente no momento do protesto, os moradores se opõem porque a obra faria o local perder o que se chama tecnicamente de urbanidade:

“Que é essa vitalidade do espaço público né? Das condições, das pessoas circularem, das pessoas sentarem, das pessoas estarem vivendo a praça. Perde toda a qualidade ali, a condição de aquilo ser praça mesmo, efetivamente”.

A Semob explica que quem segue pela Avenida Cajazeiras, sentido Manaíra/Bessa, nas imediações da quadra de Manaíra, poderá dobrar à direita na Avenida Manoel Morais e acessar a Avenida João Maurício, continuar em frente ou dobrar à esquerda na Avenida Manoel Morais.

Já quem segue pela Avenida Manoel Morais, sentido praia, poderá dobrar à esquerda e continuar na Avenida Cajazeiras. Quem sai da Avenida João Maurício agora poderá seguir pela Avenida Manoel Morais e seguir à direita pela Avenida Cajazeiras.

Segundo nota da Semob, a obra deve durar 45 dias. A quadra de Manaíra será totalmente preservada e a nova área terá piso intertravado em nível elevado, com circulação em baixa velocidade e especialmente sinalizada com balizadores.

“Apesar do protesto localizado de poucos moradores, a obra de mobilidade é uma necessidade da coletividade, de uma cidade que cresce e que precisa de novos canais de circulação”, disse a nota.

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