Para libertar jogadora de basquete detida na Rússia, governo dos EUA propõe troca de prisioneiros

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Brittney Griner durante um jogo nas Olimpíadas de Tóquio em 2021 — Foto: REUTERS/Brian Snyder

O governo dos Estados Unidos propôs uma troca de prisioneiros com a Rússia: os americanos querem receber a jogadora de basquete Brittney Griner e o ex-militar Paul Whelan e se propõem a liberar um russo condenado por tráfico de armas e que cumpre uma pena de 25 anos nos EUA.

Brittney Griner presta depoimento em tribunal russo (veja vídeo clicando aqui)

Um dirigente de governo dos EUA afirmou que fez a proposta com base em conversas com os russos.

Julgamento de Griner

Griner disse em seu julgamento que não tinha a intenção de introduzir drogas na Rússia. “Não pensei ou planejei introduzir substâncias proibidas na Rússia”, afirmou Griner, que foi presa em um aeroporto de Moscou em fevereiro.

O processo dela é analisado em um tribunal na cidade de Khimki, nos arredores de Moscou.

Ela disse que não tinha planos pra violar leis russas e que não tinha intenção de usar uma substância proibida no país. “Eu não faria nada para prejudicar minha equipe”, afirmou.

Brittney Griner durante sessão do tribunal russo, em 7 de julho de 2022 — Foto: Evgenia Novozhenina/REUTERS
Brittney Griner durante sessão do tribunal russo, em 7 de julho de 2022 — Foto: Evgenia Novozhenina/REUTERS

Griner se declarou culpada e pode pegar até dez anos de prisão na Rússia. A atleta disse que tinha permissão de um médico americano para usar cannabis medicinal para aliviar as dores relacionadas a diversas lesões. “Fiquei em uma cadeira de rodas por quatro meses, torci meu tornozelo”, disse ela.

Ela afirmou que só usava cannabis medicinal quando não havia competições, e que não queria usar outros analgésicos porque eles têm “efeitos colaterais muito ruins”.

Prisão em Moscou

A atleta foi detida ao chegar a Moscou para atuar em um clube russo. É comum que jogadores da liga americana também atuem em times russos na entre as temporadas de torneios nos EUA.

Griner explicou ainda que viajou para a Rússia apesar de as autoridades americanas terem recomendado que não viajasse para o país.

“Minha carreira é a minha vida. Dediquei tudo, meu corpo e muito tempo longe da minha família. Joguei com lesões. Não há nada que eu não faria pela minha carreira”, disse.

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