Pesquisadora da USP vira alvo da esquerda: “Só param quando me matar”

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Michele Prado

Pesquisadora que atuava em núcleo da Universidade de São Paulo (USP), Michele Prado ameaçou se matar devido aos ataques que vem sofrendo de grupos de esquerda. Ela diz que virou alvo nas redes sociais após “corrigir” dados de uma pesquisa envolvendo as enchentes no Rio Grande do Sul e o sentimento da população na internet.

“Esse pessoal só vai parar quando eu me matar”, escreveu a pesquisadora, na terça-feira (14/5), em seu perfil no X [antigo Twitter]. Na mesma rede social, após dar publicidade à “correção”, ela anunciou ter sido desligada de um grupo de pesquisas sobre extremismo, do qual participava.

Pesquisadora Michele Prado

Pesquisadora Michele Prado

Pesquisadora Michele Prado

Pesquisadora Michele Prado

Pesquisadora Michele Prado

Pesquisadora Michele Prado

Pesquisadora Michele Prado

Pesquisadora Michele Prado

“Amigos, informo a todos que, a partir de hoje, continuo meu trabalho de pesquisa e prevenção/combate aos extremismos de forma independente, pois fui desligada, hoje pela manhã, do grupo de pesquisa da USP no qual muito aprendi durante o último ano”, escreveu.

De acordo com Michele Prado, o cyberbullying começou depois que a pesquisadora questionou dados apresentados na mídia e pelo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta, de que as fake news estavam atrapalhando o trabalho de resgate das vítimas das enchentes no RS.

“Um monte de gente cometendo crime de cyberbullying contra uma pessoa. Mas esse cyberbullying quando vem da esquerda é socialmente aceito. Até quando?”, reclamou Michele Prado.

Em uma publicação na qual Pimenta falava que “o número de fake news correndo as redes sociais quadruplicou desde o início da tragédia no Rio Grande do Sul” e acusava a extrema direita pela disseminação das notícias falsas, Michele Prado comentou: “Qual estudo, ministro?”.

Sobre a pesquisa, Michele classificou como incorreto o dado de que 31% dos discursos com sentimentos antigovernamentais e anti-institucionais sejam desinformação, como divulgado em alguns veículos de comunicação.

“Um adendo: nós do grupo de pesquisa Monitor do Debate Político no Meio não classificamos se os discursos com sentimentos antigovernamentais e anti-institucionais eram queixas legítimas, desinformação ou fake news. Fizemos a análise quantitativa de sentimentos antigovernamentais e anti-institucionais, sem classificar como desinformação. Os 31% referem-se só e somente ao volume de discursos com sentimentos antigovernamentais e anti-institucionais, não houve análise qualitativa e NÃO classificamos como desinformação”, diz a postagem.

Depois disso, a pesquisadora passou a sofrer ataques de militantes descontentes com as afirmações. Michele bloqueou o acesso a seu perfil no X e proibiu comentários em suas postagens. Sem mais detalhes, ela apontou a existência de uma milícia digital orquestrada pelo governo e afirmou haver “milhares de campanhas” contra ela, atuando ao mesmo tempo. Em seu perfil no X, tanto militantes de esquerda quanto de direita criticaram a influenciadora, que chegou a ser um dos assuntos mais comentados da rede social.

“Michele Prado sabia esse tempo todo do gabinete do ódio da esquerda, mas só revelou agora que foi demitida. Essa é a turma que se diz especialista da ‘extrema direita’”, escreveu o influenciador conservador Kim Paim.

A influenciadora de esquerda Kriska Pimentinha afirmou: “Vocês ficam dando palco para a mitômana Michele Prado, que logo ela aparece aí como vereadora, viu?”.

Michele Prado foi ligada a movimentos de direita e eleitora de Jair Bolsonaro em 2018. Em 2022, ela pediu votos para Lula para “impedir o crescimento da extrema direita” e passou apontar o avanço de “crenças extremistas”.

Autora do livro “Tempestade Ideológica — bolsonarismo: a alt-right e o populismo i-liberal no Brasil”, Michele pesquisa formas de extremismo on-line e aponta o papel dos influenciadores como atores digitais desses movimentos.

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