Família de paraibano cobra esclarecimentos sobre morte em alto-mar

O corpo do marinheiro paraibano Edilson Sérgio da Silva, de 54 anos, foi sepultado na sexta-feira (7/3) no Cemitério de Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa. Ele morreu no dia 19 de fevereiro, a bordo do navio Dragão do Mar, no Estreito de Malaca, próximo a Singapura.

A família enfrenta dificuldades para obter informações detalhadas sobre as circunstâncias da morte. Segundo Gisele, viúva do marinheiro, a Transpetro, empresa para a qual Edilson trabalhava há dois anos, não forneceu explicações oficiais sobre o ocorrido.

De acordo com Gisele, o corpo do marido foi levado para Singapura, onde a realização de uma autópsia foi negada. A análise acabou sendo feita na Malásia, mas o resultado ainda não foi divulgado e pode levar até 60 dias. A família também relata falhas na comunicação da empresa e questiona a ausência de socorro imediato no momento do incidente.

Edilson deixa dois filhos, de 18 e 22 anos, e a família segue cobrando esclarecimentos sobre o caso. O sepultamento está previsto para ocorrer às 7h da manhã.

A Transpetro se manifestou por meio de nota, dizendo: “A Transpetro reitera que está prestando toda a assistência aos familiares do empregado Edilson Sérgio da Silva, que faleceu durante viagem da China para os Emirados Árabes Unidos no navio Dragão do Mar, operado pela companhia. A empresa informa que tomou as providências para o translado do corpo, que chegou ao Brasil e será entregue à família ainda nesta manhã para a realização do velório. A Companhia reforça ainda que lamenta o falecimento do empregado e que segue analisando as causas da ocorrência, através de comissão dedicada ao ocorrido.

A Transpetro reafirma seu compromisso com o respeito à segurança, às pessoas e ao meio ambiente. A empresa opera de acordo com os melhores padrões de segurança nacional e internacional, verificados continuamente em diversas auditorias realizadas frequentemente, além de uma série de medidas implantadas e iniciativas de fortalecimento contínuo da cultura de segurança. Entre elas, os programas Amigo do Peito, Regras de Ouro e Jornada de Fatores Humanos, cujo foco são a prevenção de acidentes e a preservação da vida e do meio ambiente.”