João Pessoa substitui sacos plásticos por sacos de papel na coleta de dejetos de pets

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Fotografia: Carlos Nunes

A partir da próxima sexta-feira (27), João Pessoa disponibilizará embalagens ecologicamente mais sustentáveis para que os donos de pets coletem os dejetos dos animais durante os passeios ao ar livre. Os saquinhos plásticos serão substituídos por sacolas de papel kraft, material que não oferece riscos aos animais marinhos, caso sejam indevidamente descartados e levados ao mar. João Pessoa é a primeira cidade do Nordeste a utilizar o material.

O superintendente da Emlur, Ricardo Veloso, explica que a mudança do material utilizado faz parte da campanha #Plásticozeronomar, que tem por objetivo reduzir a utilização de plástico, sobretudo, na região das praias. A hashtag é utilizada nas papeleiras instaladas na cidade e em campanhas de conscientização nas redes sociais. Na extensão de toda a orla de João Pessoa, há 95 totens (estação de saquinhos), onde é possível obter as embalagens de papel para recolher as fezes de animais.

O serviço, que contribui para a limpeza urbana, é realizado por meio de uma parceria público/privada entre a Emlur e a empresa Pooblicão Mídia Ambiental, que disponibiliza as estações coletoras e as sacolas. Atualmente, há 250 pontos de coleta na cidade de João Pessoa.

“Esta parceria é importante para manter nossa cidade limpa, evitando que os donos de pets deixem os resíduos dos animais em locais públicos, como calçadas e parques. Não podemos esquecer que as fezes de animais podem causar prejuízos à saúde da população, sobretudo, das crianças, que utilizam os espaços públicos para brincadeiras, estando mais propensas a este tipo de risco”, afirma o superintendente da Emlur, Ricardo Veloso.

Preservação da vida marinha

A mudança dos materiais das sacolas distribuídas na orla é um teste, aplicado, por enquanto, apenas no verão, com o objetivo de preservar a vida marinha, conforme explica o coordenador da Pooblicão, Otávio Mariz.

“A ideia da embalagem de papel veio em razão da maior degradabilidade do material, com objetivo de preservar a vida marinha, evitando o sufocamento dos animais marinhos, como peixes ou tartarugas, em caso de contato com o material. Isso é possível de acontecer se as pessoas jogarem os saquinhos na areia, que podem ser puxados pela maré”, comenta ele.

Na orla da Capital, a cada 200 metros, há um totem da Pooblicão. Os demais estão instalados em locais estratégicos da cidade, como praças, calçadas, canteiros e parques, a população vai continuar utilizando os saquinhos de plástico biodegradável. O coordenador da Pooblicão, Otavio Mariz, pede que as pessoas utilizem os saquinhos apenas para a coleta de fezes dos animais para efeito positivo do projeto “Quem cuida, recolhe”.

QR Code

Se faltar saquinho no coletor, o usuário pode efetuar a leitura do QR Code do totem com o telefone celular. Será aberta uma conversa no WhatsApp do SAC “Alô saquinho” para que possa ser indicado o local exato onde o usuário está e a empresa realize a reposição do material.

Fotografias: Carlos Nunes

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