Policia bloqueia rua de Porto Príncipe, no Haiti, em 11 de setembro de 2022 — Foto: Ralph Tedy Erol/Reuters

Dois jornalistas haitianos foram mortos no último domingo (12) enquanto trabalhavam em Porto Príncipe. As mortes foram confirmadas na terça-feira (13). O país vive uma escalada de violência contra a imprensa.

Tayson Latigue e Frantzsen Charles, que trabalhavam para veículos eletrônicos, foram mortos a tiros em Cité Soleil, cenário de confrontos entre grupos armados há meses.

“Eles faziam parte de um grupo de sete jornalistas que foi até o local para informar sobre os confrontos armados, que causaram, em particular, a morte da adolescente Christelle Delva no último sábado”, disse o jornalista Robest Dimanche, porta-voz do Coletivo Haitiano de Mídia On-Line.

Os dois jornalistas foram mortos quando voltavam do bairro, onde moram os pais da vítima, afirmou Dimanche. Os bandidos queimaram os corpos, segundo ele.

O primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, disse estar consternado com o assassinato dos dois jornalistas. Em uma rede social, ele afirmou que o crime é um ato de barbárie.

O Haiti enfrenta há anos uma crise política e econômica agravada pelo assassinato do presidente Jovenel Moise em 2021. Os grupos criminosos se beneficiam da impunidade generalizada, e a violência aumentou nos últimos anos.

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