O climão entre Haddad e prefeitos no debate sobre a reforma tributária

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Fernando Haddad. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Por Igor Gadelha

A fala de Fernando Haddad sobre a reforma tributária durante evento da Frente Nacional de Prefeitos, na segunda-feira (13/3), provocou um climão entre o ministro da Fazenda e os prefeitos.

O discurso de Haddad foi classificado pelos gestores como “centralizador”. Sob reserva, prefeitos avaliaram que o ministro demontrou “pensar pouco nos municípios” durante o debate da reforma.

Em sua fala, Haddad manteve a defesa de um IVA (Imposto sobre Valor Agregado) e tentou convencer os prefeitos de que o IVA, seja ele único ou dual, seria o melhor caminho de arrecadação para o país.

Qualquer um dos IVAs levaria ao fim do ISS, imposto que é arrecadado diretamente pelos municípios. O Ministério da Fazenda, porém, tem se comprometido a fazer uma divisão justa do IVA, caso o imposto único saia do papel.

Mas o discurso de Haddad ainda não convenceu os prefeitos, que mantêm a guarda fechada e não querem abrir mão da autonomia no recolhimento do tributo.

“O governo federal passou a criar contribuições que não são repartidas com os governos estaduais e municipais. Por outro lado, foram atribuídos aos municípios outras obrigações, sem mandar recursos. Neste sentido, não podemos perder o pouco que temos”, disse um dos prefeitos à coluna.

Integrantes do Ministério da Fazenda afirmaram que vão continuar o diálogo com os prefeitos, na tentativa de convencê-los sobre a importância da unificação de impostos durante a reforma.

 

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