Rússia roubou fórmula da vacina da AstraZeneca, acusa tabloide

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Vacina da Oxford/AstraZeneca. Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Em uma nova polêmica, o tabloide britânico “The Sun” publicou matéria neste fim de semana em que acusa o Instituto Gamaleya e o governo russo de roubarem a fórmula da vacina contra a Covid-19 criada pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca.

Segundo a publicação, um espião teria sido enviado para o Reino Unido para roubar o projeto e usou as informações coletadas para a produção do imunizante Sputnik V. O tabloide, porém, não soube precisar se o que foi roubado foram documentos ou amostras da vacina.

Questionado sobre a matéria, o ministro do Interior britânico, Damian Hinds, não quis falar sobre o texto, mas também não negou que o governo esteja fazendo uma investigação sobre o tema. “É correto presumir que Estados estrangeiros gostariam de obter informações confidenciais, incluindo as comerciais, segredos científicos e propriedade intelectual”, se limitou a dizer.

O deputado conservador Bob Seely disse que leu a matéria e que “já denunciou episódios similares no passado”.

Após a publicação, o Instituto Gamaleya usou as redes sociais que criou para a vacina anti-Covid e afirmou que os “tabloides britânicos estão forçando, novamente, velhas notícias falsas sobre o ‘roubo’ de tecnologia”.

“A Sputnik V é baseada na plataforma adenoviral humana criada há sete anos, muito diferente da vacina da AstraZeneca, baseada no adenovírus de um chipanzé. Mentiras na mídia minam a parceria global para lutar contra a Covid-19”, escreveu.

Já o porta-voz da Presidência, Dmitri Peskov, afirmou que o “The Sun” “não tem nada de científico” em suas matérias.

“O Sun é um jornal bem conhecido e profundamente não científico. Bem, eu suponho que é assim que tratamos essas publicações”, afirmou ainda à agência de notícias russa Sputnik.

Em julho do ano passado, o Reino Unido, os Estados Unidos e o Canadá acusaram a Rússia de patrocinar hackers para roubar dados das vacinas que estavam sendo desenvolvidas na pandemia. Não foi citada uma empresa específica, apenas que esses criminosos estavam tentando invadir sistemas de farmacêuticas e instituições de ensino. À época, Peskov negou as acusações. .

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