Vídeo: Empresário é investigado após simular roubo de seis toneladas de frango em João Pessoa
Homem teria alegado assalto para tentar receber seguro da carga
A Polícia Civil da Paraíba apura um caso de falsa comunicação de crime e possível estelionato, envolvendo um empresário que declarou ter sido vítima de roubo em João Pessoa, mas que, segundo a investigação, vendeu a mercadoria e forjou o assalto para acionar um seguro. O caso aconteceu no dia 5 de março deste ano e está sendo conduzido pela Delegacia de Crimes contra o Patrimônio (DCCPAT).
De acordo com o delegado Péricles Morroni, o homem compareceu à delegacia afirmando que, após comprar seis toneladas de frango congelado em um supermercado da capital, foi assaltado quando se dirigia ao carro com outras pequenas compras. Ele disse que os criminosos teriam levado seu cartão e senha, usado o cartão para pagar a carga e fugido com o caminhão carregado.
A equipe da Polícia Civil iniciou diligências e localizou o caminhão que teria transportado a carga até uma granja localizada na zona rural de outro município paraibano. O proprietário do local foi ouvido e informou que havia adquirido a carga diretamente com o próprio empresário que havia registrado o boletim de ocorrência como vítima. Com essa informação, o inquérito foi redirecionado para investigar fraude contra o seguro e falsa comunicação de crime.
O empresário foi chamado novamente à delegacia para prestar esclarecimentos, desta vez na condição de suspeito. Na segunda oitiva, compareceu acompanhado de um advogado e optou por permanecer em silêncio, informando que só se manifestaria em juízo.
Segundo o delegado, o homem é conhecido no comércio local e já havia realizado outras compras em grande volume no mesmo supermercado. A suspeita é de que ele tenha simulado o roubo para tentar receber o valor da carga por meio do seguro, enquanto revendia clandestinamente a mercadoria, buscando lucrar duas vezes.
O valor estimado da carga é de R$ 110 mil. Se confirmado o crime, o empresário poderá responder por falsa comunicação de crime e estelionato, com penas que somadas podem ultrapassar cinco anos de prisão.
por t5
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